A desarticulação do jogo do bicho em Campo Grande (MS) continua a pleno vapor por parte do Gaeco (Grupo de Atuação Especial e Combate ao Crime Organizado). Agora, por unanimidade, os desembargadores do TJMS (Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul) decidiram pelo retorno à prisão de Darlene Luiza Borges, mais conhecida como “Dadá”, apontada como a gerente da contravenção na Capital em Campo Grande.
Ré na “Operação Omertá”, força-tarefa atuante desde 2019 contra o crime organizado no Estado, ela foi presa sob acusação da prática dos delitos de associação criminosa, lavagem de capitais e exploração de jogos de azar. A “gerentona” ficou na cadeia até 12 de março deste ano, quando conseguiu decisão de liberdade da parte do juiz Roberto Ferreira Filho, da 1ª Vara Criminal, onde tramita ação criminal da Omertà.
Segundo o site Campo Grande News, inconformado com o despacho favorável à investigada, o Gaeco recorreu à 2ª instância e obteve o retorno da mulher ao regime fechado. O entendimento é da 2ª Câmara Criminal do TJMS, responsável por avaliar todos os recursos referentes à Omertà. A operação já teve seis fases, com mais de cem investigados por uma lista de crimes, da exploração dos jogos de azar ao tráfico de armas e assassinatos por encomenda.
Dadá foi alvo da fase 6, denominada “Arca de Noé”, que atacou a estrutura do jogo do bicho na cidade. No dia 2 de dezembro, foram cumpridos 13 mandados de prisão preventiva e 17 mandados de busca e apreensão. A autorização judicial também determinou bloqueio de R$ 18 milhões nas contas dos envolvidos nas investigações.
Os processos judiciais decorrentes estão na fase de audiências. Darlene já apresentou defesa. Diante da decisão de hoje, o advogado dela, José Roberto da Rosa, informou que vai entrar com medida judicial no STJ (Superior Tribunal de Justiça).