Após não ser localizado pela Justiça para colocar a tornozeleira eletrônica, o deputado estadual Jamilson Name (sem partido) apareceu e garantiu que vai comparecer à sessão desta quarta-feira (3) da Assembleia Legislativa usando o equipamento de monitoramento.
O parlamentar é acusado de chefiar grupo de milícia responsável por várias execuções em Campo Grande (MS) ao lado do pai Jamil Name e do irmão Jamil Name Filho, ambos presos desde o dia 27 de setembro de 2019.
Em entrevista ao site Campo Grande News, o parlamentar confirmou que já foi oficiado pela Justiça e procurou a Agepen (Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário) para providenciar a instalação da tornozeleira eletrônica. Sobre o processo que levou a ordem de uso do dispositivo de monitoramento, Jamilson diz estar “tranquilo”, confiante de que irá provar inocência.
O deputado também lembrou que a Assembleia Legislativa vai analisar ofício do juiz Roberto Ferreira Filho, da 1ª Vara Criminal de Campo Grande, sobre o uso de tornozeleira, que havia sido encaminhado com pedido de aval do Legislativo. “Vou estar na Assembleia, mas não participo da sessão”, explicou.
O pedido perde a força porque na sexta-feira passada (29), o juiz acatou recurso impetrado pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado) e determinou uso imediato do equipamento por Jamilson, independente da avaliação da Assembleia.
No dia 22, Jamilson já tinha cumprido parte de outra decisão judicial, que era a de entregar seu passaporte à Justiça, já que ele está impedido de viagem para fora do país. Sobre as sanções, o parlamentar informou que a defesa já entrou com recurso.