Na prática, a medida surtiu efeito e o que se vê, tanto em Pedro Juan Caballero (PY), quanto em Ponta Porã (MS), uma calmaria que há muito tempo não se tinha na região, nem mesmo no período mais agudo das restrições sociais impostas pelos governos do Paraguai e do Brasil devido à pandemia do novo coronavírus (Covid-19). Agora, conforme as autoridades, o conflito armado entre PCC e o clã de Fahd Jamil perdeu força e as coisas devem voltar ao normal.
O clima é bem diferente da semana passada, quando foram encontrados os quatro corpos, dois deles de sobrinhos de Fahd Jamil, em uma cova rasa na zona rural de Pedro Juan Caballero. Essas quatro execuções prometiam dias sangrento na fronteira, pois era esperada uma reação na mesma proporção por parte do “Rei da Fronteira”, mas, com a forte presença policial, os ânimos arrefeceram, porém, ficou claro que o PCC deu um xeque-mate nos desafetos e caminha a passos largos para controlar o tráfico de drogas e de armas na região.
Já ao clã de Fahd Jamil, comandado pelo filho dele, Flavio Correia Jamil Georges, cabe aceitar a nova força criminosa na região sob a ameaça de sofrer novas baixas. Por enquanto, a única novidade dessa “guerra” foi a prisão de três supostos membros do PCC com relativa importância em Pedro Juan Caballero. A Polícia do Paraguai os apontou como suspeitos da chacina, mas até agora não divulgou provas.
Segundo as fontes da fronteira, mantidas em sigilo por motivo de segurança, além dessas prisões, também pesou para o controle da situação o reforço policial tanto em Ponta Porã quanto em Pedro Juan Caballero. Do lado brasileiro, equipes do Bope, do Choque e do Garras chegaram ainda no dia 26.
Do lado paraguaio, grupos de elite da Polícia Nacional chegaram segunda-feira para ajudar nas investigações sobre a chacina e reforçar o policiamento. Depois dessas incursões, relativa paz voltou nas duas cidades onde as execuções costumam ocorrer à luz do dia e raramente são esclarecidas pela polícia.
Vai vendo!!!