O juiz Aluizio Pereira dos Santos, da 2ª Vara do Tribunal do Júri, expediu novo mandado de prisão para o pistoleiro José Moreira Freires, mais conhecido como “Zezinho”, pela execução do delegado de Polícia Civil Paulo Magalhães no dia 25 de junho de 2013. Foragido desde maio de 2019, ele foi condenado a 15 anos de prisão pelo crime, mas, sem a denúncia dos acusados de serem mandantes do crime, a sentença transitou em julgado.
Segundo o site O Jacaré, o magistrado havia determinado a prisão de Zezinho por participação na execução do delegado da Polícia Civil. No entanto, ele obteve habeas corpus durante as festas de fim de ano em 2013, concedido pelo então vice-presidente do TJMS (Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul), desembargador João Batista da Costa Marques.
Ao ser sentenciado pela execução de Paulo Magalhães, em agosto de 2018, Zezinho passou a usar tornozeleira eletrônica. Durante o monitoramento, ele teria planejado a execução do capitão PM Paulo Roberto Teixeira Xavier. O sistema teria mostrado que o ex-guarda municipal teria passado várias vezes na frente da casa do policial. No entanto, o universitário Matheus Coutinho Xavier, 20 anos, acabou sendo executado por engano no lugar do pai.
Após a prisão do guarda municipal Marcelo Rios com um arsenal de armas de grosso calibre, em maio do ano passado, Zezinho deixou de cumprir as medidas cautelares, como comparecimento mensal em juízo. Como o processo transitou em julgado, o juiz Aluizio Pereira dos Santos determinou a prisão imediata do pistoleiro. Ele deveria ser preso e ficar no presídio até 21 de julho de 2040.
No entanto, caçado pela Força-Tarefa da Polícia Civil, criada para desvendar as execuções registradas no Estado, Zezinho está em local desconhecido. Já Antônio Benites Cristaldo foi absolvido pelo Tribunal de Justiça da acusação de homicídio doloso e acabou sendo condenado por coação de pessoas. O Ministério Público Estadual propôs a suspensão da pena mediante medidas cautelares.
Agora, o grande mistério é descobrir quem foram os mandantes da execução do delegado. O Garras chegou a apontar os empresários Jamil Name e Jamil Name Filho, presos na Operação Omertà, e o conselheiro do Tribunal de Contas do Estado, conselheiro Jerson Domingos. No entanto, o Ministério Público Estadual não denunciou o trio e pediu diligências complementares ao Garras.
O advogado André Borges ressalta que Domingos nega veementemente qualquer participação no suposto crime. O conselheiro alega que só mantém relação de parentesco com os empresários, já que sua irmã, Tereza Name, é casada com octogenário. O outro envolvido na execução de Paulo Magalhães foi brutalmente assassinado logo após o crime. A polícia nunca concluiu a investigação sobre este assassinato.
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