O protesto organizado pela Câmera de Comércio de Pedro Juan Caballero, cidade paraguaia que faz fronteira com Ponta Porã (MS), para pressionar as autoridades paraguaias pela reabertura da fronteira com o Brasil reúne centenas de pessoas na Linha Internacional do lado paraguaio. Os manifestantes concentram-se em frente à Alfândega e na porta da Administração de Navegação e Portos.
Logo pela manhã policiais conversaram com as pessoas e disseram que não iriam permitir que acesso aos dois locais fosse impedido. Entre os manifestantes estão cerca de 700 trabalhadores que foram demitidos nesta semana do Grupo Maxi que fechou três lojas que mantinha em Pedro Juan Caballero e todos foram demitidos.
Nos últimos 7 meses mais de 60 por cento dos postos de serviço foram fechados no comércio da cidade causando desemprego nos dois lados da fronteira. Na semana passada o governo paraguaio começou a estabelecer um protocolo de comércio entre os países vizinho e foi cogitada inclusive a abertura da Ponte da Amizade entre Ciudad del Este e Foz do Iguaçu (PR) e comerciantes de outras cidades que não seriam beneficiados com a medida protestaram.
A medida não agradou também os comerciantes de Ciudad del Este que também realizam um protesto nesta manhã pedindo a reabertura imediata das fronteiras. Segundo Víctor Barreto, presidente da Câmara de Comércio de Pedro Juan Caballero, haverá sim bloqueios impedindo a entrada e a saída de mercadorias.
“Se as grandes empresas internacionais podem trabalhar, porque nós, pequenos e médios comerciantes não podemos manter nossas empresas funcionando, gerando emprego e renda”, disse ele antes de seguir para a Administração de Navegação e Portos que teve os portões fechados pelos manifestantes. O governo do Paraguai ainda não fez nenhum comunicado sobre a manifestação que ocorre em Pedro Juan e Ciudad del este nesta terça-feira.