Apesar de o entendimento do colega de Justiça de Mato Grosso do Sul ser oposto e do apelo dos promotores de Justiça do Gaeco (Grupo Especial de Repressão ao Crime Organizado) e da Agepen (Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário), o juiz federal corregedor Walter Nunes da Silva Júnior, do Presídio Federal de Mossoró (RN), confirmou o retorno do octogenário para o Estado no próximo dia 5 de outubro.
Como Jamil Name está no Rio Grande do Norte desde novembro de 2019 e no Sistema Penitenciário Federal desde outubro de 2019, já cumpriu os 365 dias sob à guarda da União e, por isso, deve retornar para os cuidados da Agepen. O juiz corregedor Mário José Esbalqueiro Júnior, da 1ª Vara de Execução Penal de Campo Grande, entende que o empresário deveria ficar até outubro de 2021, mas o posicionamento dele não foi compartilhado pelo colega do Rio Grande do Norte.
Os promotores de Justiça do Gaeco fizeram questão de frisar o poder de fogo da quadrilha comandada por Jamil Name para fazer o juiz federal mudar a decisão e ainda citaram o plano da milícia de matar o delegado Fábio Peró, um promotor de Justiça e um defensor público, porém, os argumentos não foram aceitos por Walter Nunes da Silva Júnior.
A Agepen ainda completou que as medidas de isolamento do empresário no Presídio Federal não se comparam com as dos presídios estaduais, mas, mesmo assim, o juiz federal não mudou sua decisão. Portanto, após ficar desde de novembro no Presídio Federal de Mossoró, Jamil Name deve retornar para Mato Grosso do Sul no próximo dia 5 de outubro, caso não se obtenha uma decisão contrária junto ao STF (Supremo Tribunal Federal).