Após se comunicar com a responsável pela clínica dizendo que tinha falta de ar, ela foi informada que deveria descansar por se tratar de crise de ansiedade. Sheiza Ayala deu entrada no Hospital Regional de Ponta Porã e teria ficado internada com complicações graves nas funções pulmonares, morrendo na manhã de ontem.
Ela tinha cerca de seis mil seguidores nas redes sociais e muitos lamentaram a morte da estudante de estética. Tanto a Polícia Civil de Ponta Porã como a Polícia Nacional e o Ministério Público do Paraguai estão investigando o caso.
Sheiza Ayala é mais uma vítima de pessoas que atuam clandestinamente na área da saúde na fronteira com aliciamento para que façam procedimentos estéticos ilegais.
Ela tinha vontade de fazer tal procedimento há tempos, inclusive conhecia outras meninas que já tinham feito a aplicação, assim, em contato com C.R.E.C., que seria a médica responsável, licenciada em obstetrícia no Paraguai, registro nº 2175, a vítima conversou e acertou de fazer aplicação de hidrogel nos glúteos.
Porém, nas conversas entre ela e a clínica clandestina aparecem o nome de outra mulher, identificada como Danilda. Nos prints de conversas no WhatsApp, nota-se que a jovem Sheiza Ayala, desde que fez o procedimento não se sentiu bem e encaminhou mensagens relatando ter falta de ar, febre e que não conseguia levantar, fato que a “doutora” disse que era normal e que os sintomas era porque a garota estava ansiosa.
A garota realizou o procedimento no sábado, dia 12 de setembro, sem comunicar os familiares, nem sua mãe. Só quando começou a passar mal chamou sua prima dizendo que não conseguia respirar e pedia ajuda urgente. A prima foi até a casa e a levou ela diretamente para o Hospital Regional na data de 14 de setembro, segunda-feira.
Lá no hospital, Sheiza falou com a tal Danilda, relatando tudo que estava passando, dizendo ainda que “quase morreu” e que a médica C.R.E.C. não atendia suas ligações. Danilda disse que estava viajando e que entraria em contato com a médica.
Uma amiga da vítima relatou que Sheiza acredita que as pessoas que ela procurou eram médicas. “Não sabemos o nome da mulher que realizou o procedimento só que ela era de Assunção e o primeiro nome era Danilda, mas sabemos da que intermediou, que se passava por doutora”, relatou a amiga.
Fica o alerta para todas as meninas e mulheres adultas para procurem sempre um profissional com registro e, se for cirurgião plástico, que seja credenciado na Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica. Avise seus familiares, converse com eles, discuta o melhor dia, o melhor profissional, o melhor hospital. Em 2019, uma mulher de 32 anos, também foi vítima desse tipo de atuação e faleceu, comovendo toda a fronteira.