Famoso por ser considerado o principal condomínio de luxo de Campo Grande, onde moram a nata da sociedade da Capital e os milionários do município, o Residencial Damha (I, II, III e IV) virou um verdadeiro tabuleiro de confusões. Um dia sim e outro também há tem BO (Boletim de Ocorrência) envolvendo os poderosos moradores das mansões construídas em um dos quatro condomínios que levam o mesmo nome.
De arrastão de ladrões e Big Brother entre vizinhos até a visita constante da Polícia, seja para dar busca nas mansões ou prender personalidades que ficaram ricas de forma ilícita ou para cumprir a lei do silêncio, já que alguns moradores costumam fazer altas festas regadas a muita bebida e som muito alto.
Nos últimos seis anos, os quatro condomínios do Damha foram alvo de inúmeras operações da Polícia, seja para visitar as obras da mansão inacabada do ex-prefeito de Campo Grande, Gilmar Olarte, que foi afastado por corrupção, ou a mansão de Rachel Giroto, esposa do ex-deputado federal Edson Giroto, que está enrolado até o pescoço na Lama Asfáltica.
Agora, o foco da vez é o empresário Aloisyo José Campelo Coutinho, mais conhecido como “Playboy do Damha III” devido às festas até amanhecer o dia e arruaças dentro do condomínio. A última dele no reduto de políticos, empresários, delegados e promotores de Justiça é o processo que corre na 14ª Vara Cível de Campo Grande.
Caberá à Justiça selar, no próximo dia 17 de setembro, a paz entre ele e os vizinhos em processo com denúncia até de “Big Brother”. Aloisyo José Campelo Coutinho, que chegou a ser preso por promover festa em sua mansão no mês passado e foi liberado após pagar fiança de R$ 200 mil, pode ser expulso do condomínio.
Porém, para reverter a situação, ele, que é morador no residencial desde junho de 2019, acusa os vizinhos, um professor e uma médica, de vigiá-lo. Conforme o processo, no mês de abril, a vizinha direcionou jato de mangueira em direção ao seu imóvel, onde estava com visitas. “Não se contentando com sua caçada ao requerente, os requeridos chegaram ao cúmulo (pasmem) de instalar uma câmera de filmagem direcionada à piscina/área de lazer e parte dos quartos do imóvel do requerente, situação essa que extrapola qualquer limite de civilidade”, diz a defesa do empresário.
A ação pede a retirada da câmera, retratação dos vizinhos na ata de registro da associação de moradores, indenização de R$ 30 mil, além do custeio do processo e dos honorários advocatícios, que elevam o valor da ação para R$ 50 mil. No mês de maio, a Justiça ordenou a desinstalação da câmera de monitoramento voltada para o interior do imóvel do empresário. A defesa do casal anexou documentos e informou que a decisão para retirada do dispositivo foi cumprida, apesar de a câmera não ter sido instalada para invadir privacidade.
A defesa do casal revela descrédito em qualquer tentativa de entendimento, pois a ação foi o meio que ele encontrou para fazer uma retaliação contra moradores que estavam denunciando o que vinha fazendo. O certo é que o Playboy do Damha III ainda vai provocar muita confusão no lar dos poderosos. Com informações do Campo Grande News