Até que o MPE (Ministério Público Estadual) tentou acabar com a prisão domiciliar do delegado de Polícia Civil Márcio Shiro Obara, mas a 2ª Câmara Criminal do TJMS (Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul) manteve a liberdade com uso de tornozeleira eletrônica para o policial civil, que está envolvido com milícia armada alvo da Operação Omertà.
Ele chegou a ser preso durante a terceira fase da “Operação Omertà”, mas foi colocado em prisão domiciliar no dia 7 de agosto, depois de ficar em cela da 3ª Delegacia de Polícia Civil, no Bairro Carandá. Ele foi solto por decisão do juiz Roberto Ferreira Filho, da 1ª Vara Criminal. Para ficar em liberdade, pagou R$ 26 mil em fiança e foi colocado sob vigilância eletrônica, por meio de tornozeleira.
Desde então, o MPE entrou com pedido de agravo regimental para derrubar a decisão favorável ao delegado. A liminar foi negada e hoje foi feito o julgamento de colegiado, rejeitando o pedido da procuradoria. No pedido de restabelecimento da prisão, o MPE alega que, em liberdade, Obara pode atrapalhar e trazer prejuízos às investigações, além da possibilidade de reiteração criminosa.
Ex-titular da DEH (Delegacia Especializada de Repressão aos Crimes de Homicídio), foi denunciado por corrupção passiva, obstrução de justiça e lavagem de dinheiro. Obara é acusado de esconder provas na apuração do assassinato de policial militar reformado e apontado como o destinatário de R$ 100 mil que seria pago por organização criminosa a um delegado.