Fã declarado do falecido cantor de rock norte-americano Elvis Presley, o empresário ponta-poranense Fahd Jamil, 79 anos, que está foragido da Justiça deste o dia 18 de junho deste ano, também deve ser apreciador dos filmes dos Estados Unidos. Afinal, ele acabou de fazer uma “Proposta Indecente” para a Justiça de Mato Grosso do Sul ao sugerir trocar a prisão preventiva por uma prisão domiciliar.
Obviamente, a Justiça do Estado negou de imediato o pedido feito pelo “Rei da Fronteira”, que entrou na mira da Polícia após a deflagração da terceira fase da “Operação Omertà” para desarticular grupo de milícia armada responsável por inúmeros crimes de pistolagem em Campo Grande (MS).
Segundo a decisão judicial, a prisão domiciliar foi considerada inadequada e insuficiente para garantir a ordem pública. Fahd Jamil prometia se apresentar à Polícia se a Justiça aceitasse a prisão domiciliar, pois, conforme a defesa dele, está em tratamento de saúde, tem apenas 30% do pulmão e faz parte do grupo de risco da Covid-19.
O “Rei da Fronteira” já teve negado também um pedido de habeas corpus no TJMS (Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul), mas defesa dele recorreu ao STJ (Superior Tribunal de Justiça) e ao STF (Supremo Tribunal Federal). Fahd Jamil é réu por organização criminosa, tráfico de arma de fogo, obstrução de Justiça e corrupção.
Segundo as investigações, a cidade fronteiriça de Ponta Porã (MS) é base da organização criminosa que conta com milícia armada de assassinos profissionais. O Gaeco (Grupo de Atuação Especial e Combate ao Crime Organizado) informa que chegou ao grupo durante as investigações contra Jamil Name e Jamil Name Filho, que foram presos na primeira fase da Operação Omertà no dia 27 de setembro de 2019 sob a acusação de liderarem a base de Campo Grande da organização criminosa.