Criminoso ligado ao PCC que fugiu de hospital na fronteira foi internado sem autorização. Xiii!

O criminoso brasileiro Kelvis Fernando Rodrígues, que seria uma das lideranças da facção criminosa brasileira PCC (Primeiro Comando da Capital) no Paraguai e fugiu no sábado (30) do Hospital Viva Vida, em Pedro Juan Caballero, cidade paraguaia que faz fronteira com Ponta Porã (MS), estava no local sem autorização judicial. Dois agentes penitenciários do Presídio Regional de Pedro Juan Caballero teriam liberado o brasileiro para fazer tratamento na clínica particular sem o conhecimento da direção do estabelecimento prisional e sem a devida liberação da Justiça do país vizinho.

Em razão disso, a juíza Sadi López determinou que os cinco envolvidos na fuga do traficante de drogas e armas e contrabandista de cigarros ligado ao PCC fossem presos. São eles os agentes penitenciários Amado Martínez López e Edgar Wilfrido Jara, os seguranças particulares Miguel Ángel Benítez e Julián Guerrero Benegas e o policial Daniel Díaz.

Segundo a Polícia, o criminoso brasileiro Kelvis Fernando Rodrígues tinha sido preso pela equipe do Departamento de Luta contra o Crime Organizado em outubro de 2018. Ele estava internado no hospital desde o dia 17 de maio e teria fugido por volta das 18 horas de sábado usando roupas de médico para supostamente iludir o policial que fazia a segurança no local.

O criminoso era conhecido pelo apelido “Cabelo” e seria um dos soldados do PCC nas operações de tráfico de drogas e armas na fronteira do Paraguai com o Brasil, além do contrabando de cigarros. Ele estaria no hospital depois que sua advogada María Luisa Ruiz Díaz obteve na Justiça autorização para que o cliente recebesse tratamento para problemas respiratórios na clínica, pois tinha a suspeita de Covid-19.

No entanto, ficou comprovado que essa autorização judicial não existia e teria sido uma armação dos agentes penitenciários em conluio com o policial e os dois seguranças particulares do hospital. Por sinal, todos os pedidos feitos pela defesa do criminoso brasileiro tinham sido negados pela Justiça do Paraguai, o que deve ter motivado que o plano de fuga fosse arquitetado por Cabelo.