Alheio à pandemia do novo coronavírus (Covid-19), um novo vídeo surgido neste domingo (29) nas redes sociais mostra o ex-jogador de futebol Ronaldinho Gaúcho jogando futevôlei. O ex-jogador foi filmado disputando uma partida de futevôlei com outros presos em uma quadra de areia na Agrupación Especializada, cadeia onde está detido em Assunção, no Paraguai.
Ronaldinho já fora filmado jogando uma partida de futsal com outros presos no último dia 13. Com base em relatos de policiais que trabalham na Agrupación Especializada, Ronaldinho estava conversando com um dos guardas da prisão quando foi chamado para integrar um dos times que jogavam na quadra de areia.
Ronaldinho atuou no time de Fernando González Karjallo, ex-presidente do Sportivo Luqueño, que também está preso no local. O chefe da Agrupación Especializada, Blas Vera, afirmou que percebe nos últimos dias que Ronaldinho está menos abatido e tem saído mais vezes ao pátio da prisão.
Recurso negado
A Câmara de Apelação da Justiça do Paraguai rechaçou o terceiro recurso da defesa de Ronaldinho Gaúcho e seu irmão Roberto Assis para sair da detenção. Assim, o craque permanece em prisão preventiva por causa do uso de passaportes falsos.
Os advogados dos irmãos tinham tentado tirá-los da prisão em outras duas oportunidades, também sem sucesso. Nesta terceira tentativa, o promotor Marcelo Pecci apresentou uma resposta ao novo apelo, pedindo que fosse julgado improcedente e que a resolução impugnada fosse confirmada. O tribunal acatou a solicitação.
O documento da decisão cita um “perigo de fuga em um nível de tensão médio-superior”. Caso Ronaldinho e Assis voltassem ao Brasil, diz a sentença, isso “não garante o julgamento por representação no Brasil. Essa decisão escapa à determinação que possa ser tomada pelas autoridades jurisdicionais [paraguaias] e dependeria exclusivamente da vontade política e judicial do governo do Brasil”.
O Ministério Público do Paraguai indiciou mais oito pessoas e os acusados na investigação que surgiu após o caso de Ronaldinho Gaúcho e Assis chegou a 14 processados. Entre eles, a única pessoa foragida é a empresária Dalia Lopez, responsável pela ida dos irmãos ao país. Dentre os indiciados, estão vários funcionários da Direção Nacional da Aeronáutica Civil (Dinac), do Departamento de Investigações da Polícia Nacional e do Departamento de Migrações.
Também foi detida Stella Marys Lugo, que era vizinha das duas mulheres que expediram os passaportes posteriormente adulterados para os nomes de Ronaldinho e Assis. Stella foi apontada como a pessoa que buscou os documentos.