Em entrevista à RedeTV!, Sônia Moura, mãe de Eliza Samúdio, desabafou sobre o assassinato da filha, os cuidados com o neto e a ideia de fazer uma minissérie sobre a vida do goleiro Bruno. Ela disse como tem sido a vida nestes 10 anos em que o corpo da modelo jamais foi encontrado.
Sônia Moura teme por sua segurança com o atleta solto e com possibilidades de jogar no Mato Grosso, Estado vizinho a Mato Grosso do Sul, onde ela e o neto moram. “Ele estar perto de mim é apavorante. Estou com medo. Eu não teria coragem de deixar o Bruninho com ele a sós”, desabafa para a RedeTV!.
O Operário-MT, no entanto, anunciou que desistiu da contratação, depois da repercussão negativa. Após a morte de Eliza, o filho — que completa 10 anos em fevereiro — foi encontrado com meses de vida em Belo Horizonte (MG). “Se a Polícia não tivesse encontrado meu neto, ele estaria morto. Eu acredito que o objetivo do Bruno foi esse, e quem me garante que ele não iria acabar o serviço que começou lá atrás?”, acusa.
Sônia defende a filha: “Independente das escolhas da vida dela, nada dá direito de alguém tirar a vida dela. Ninguém provou que ela era garota de programa. Filme pornô ela fez, assim como muitos atores. Minha filha não está aqui para se defender”.
Ela diz o que acha que deveria ser feito com Bruno. “Ele deveria estar ao menos com uma tornozeleira eletrônica, pois está cumprindo a pena em (regime) semiaberto. Ele tem vida normal, mas baseado em que esse juiz deixa o Bruno passear? Que órgão fiscaliza a hora que ele se recolhe?”, questiona.
Sônia crê que a história poderia ter sido outro caso a Polícia tivesse prestado atenção às denúncias da filha. “Se na hora que ela foi fazer a denúncia a polícia tivesse acatado, ela estaria viva hoje. O delegado riu da cara dela. Antes de morrer ela tinha cinco boletins de ocorrência contra o Bruno. O fato de ela ter sido comida por cães onde foi morta não tem como provar”, lamenta.
Sobre a série que pode ir ao ar pela Rede Globo, contando sobre o assassinato, a mãe de Eliza se manifestou contra: “Estão denegrindo a imagem dela. É triste para mim, vários comentários ofensivos de mulheres, é uma vergonha. Até hoje não tive assistência de ninguém. Direitos humanos defende bandido, a família da vítima não tem direito a nada”, completou.