Puxadinho! Senadora “camuflou” verba pública usada para fazer reforma no próprio gabinete

A senadora Soraya Thronicke (PSL/MS) não consegue mesmo ficar muito tempo longe dos holofotes e novamente voltou a ser notícia na imprensa por ter utilizado verba pública para reformar o próprio gabinete. De acordo com matéria pública pelo jornal Correio do Estado, a “nobre” parlamentar conseguiu fazer com que o valor usado não conste no Portal da Transparência do Senado Federal.

Conforme a coluna do jornalista Cláudio Humberto, foram realizadas duas adequações, sendo uma no valor de R$ 12.944 e outra de R$ 43.550. A senadora confirmou a reforma ao Correio do Estado, porém, disse que dará mais detalhes somente nesta semana. Ainda conforme informações da coluna, o Senado omite do próprio Portal da Transparência R$ 603 mil em gastos para atender ao “capricho de senadores com reformas em seus gabinetes e apartamentos funcionais.

A começar pelo próprio presidente, Davi Alcolumbre (DEM-AP), cujos gastos com a reforma na churrasqueira da residência oficial que ocupa e em seu gabinete, de R$ 15.273,83, foram mantidos nas sombras das gavetas”. Ainda de acordo com o texto, as obras pagas e não lançadas no Portal da Transparência somam quase R$ 100 mil, sem contar R$ 500 mil empenhados e não lançados. Com relação à senadora de Mato Grosso do Sul, a primeira reforma teria incluído substituição do forro de gesso, que teve de ser demolido novamente na segunda reforma.

Procurada pela reportagem, a parlamentar negou que tenha feito duas reformas. Segundo ela, foram realizadas adequações no recesso de meio de ano, em 2019, mas, em razão de o tempo ser mais curto, alguns reparos ficaram para o recesso de 2020. “Meu gabinete tem 134 metros quadrados, mais ou menos, é o menor do que o de todos os senadores. A reforma que foi feita foi por conta de estrutura, principalmente das divisórias. As divisórias eram de vidro e haviam sido condenadas pelos bombeiros, pela brigada de incêndio. Foi uma reforma obrigatória, licitada pelo Senado, apenas estrutural”.

A parlamentar explicou que foram gastos R$ 12 mil com as primeiras modificações. “Pelo teto do meu gabinete, vai precisar trocar ar-condicionado, porque são de 1986 e correm risco de curto-circuito. Não houve nada que eu pedi, eu nunca pedi nada ali. Foram modificações estruturais do prédio, principalmente porque é tombado e tem que fazer manutenção”.

Ainda de acordo com a senadora, as modificações ficam em seu nome para que tenha a identificação do gabinete que está sendo reformado, mas reiterou que não pediu uma reforma. “[A reforma] Está sendo feita em duas etapas, a primeiríssima pintou e ajeitou pra eu poder entrar, era da Marta Suplicy, estava muito sujo, mas nada mais do que o necessário. Nem mexeram nas divisórias proibidas por falta de tempo, o que fizeram somente em julho, no recesso, e agora, na semana que vem, os ares, mas precisam fazer pelo meu teto, e embora seja estrutural, necessária e até obrigatória, fica no meu nome porque é a identificação da localização”.