O ano de 2019 terminou na fronteira de Mato Grosso do Sul com o Paraguai com 156 execuções, podendo ser classificado como um dos mais violentos dos últimos 10 anos na região. Para se ter uma ideia, foi uma média de 12 assassinatos por mês no ano passado, sendo 11 em janeiro, 9 em fevereiro, 15 em março, 8 em abril, 9 em maio, 20 em junho, 17 em julho, 12 em agosto, 16 em setembro, 15 em outubro, 16 em novembro e 10 em dezembro.
Porém, apesar do elevado número de execuções nas cidades fronteiriças em 2019, tanto do lado do Paraguai, quanto do lado de Mato Grosso do Sul, o ano de 2020 começa tão violento quanto o ano que passou. Nesta quarta-feira, dia 1º de janeiro de 2020, um brasileiro já foi morto a golpes de madeira em uma fazenda situada próxima à fronteira do Paraguai com Mato Grosso do Sul.
A vítima foi identificado como o douradense Ramão Celino Aguero, 68 anos, que foi executado com um pedaço de madeira na madrugada do 1º dia deste ano e encontrado no período da manhã de ontem, por volta das 9h50, caído no pátio da propriedade rural. Trata-se da Fazenda Aparecida, que está situada na Colônia Lorito Picada, no Departamento de Amambay, no Paraguai, a uns 30 quilômetros do município de Ponta Porã (MS).
Populares alertaram os investigadores da Divisão de Investigações Criminais de Casos Puníveis da Polícia Nacional do Paraguai, que, com apoio dos peritos da Polícia Técnica e da promotora de justiça Katia Uemura e do médico legista Cesar Gonzalez, realizaram os procedimentos de rigor e encaminharam o corpo ao IML da cidade paraguaia de Pedro Juan Caballero para posterior entrega aos familiares.
Segundo o médico legista, a vítima sofreu traumatismo craneano, que teria culminado em sua morte. As primeiras informações são de que o brasileiro poderia ter sido executado por uma indígena e se descarta que tenha sido para fins de roubo, já que a vítima foi encontrada com mais de um milhão de guaranis, equivalente a mais de R$ 800.