Uma equipe do Garras (Grupo Armado de Repressão a Roubo a Banco e Resgate a Assaltos e Sequestros) impediu, na madrugada deste domingo (22), um assalto ao cofre do Banco do Brasil em Campo Grande. De acordo com as primeiras informações, seis criminosos foram presos, um ferido e dois foram mortos no confronto.
Além disso, outros sete teriam ido até o Terminal Rodoviário da Capital tentar comprar passagem, mas não tinha guichê aberto de madrugada e, por isso, foram embora, mas já estão sendo caçados pelos policiais. Também teria um idoso responsável pelo túnel, que fugiu em um moto home e está sendo procurado pela Polícia.
Ainda de acordo com a Polícia, os ladrões teriam cavado um túnel até o cofre da central administrativa do Banco do Brasil, localizada no cruzamento da Rua Alegrete com a Travessa Buriti, na região do Bairro Monte Castelo, em Campo Grande, onde são executados serviços como compensação de cheques.
A quadrilha abriu túnel de 63 metros, que já havia atingido o ponto no subsolo que fica bem embaixo do cofre da unidade do Banco do Brasil. O bando vinha sendo monitorado há quase 6 meses. Durante a ocorrência, três veículos foram apreendidos: uma caminhonete Hilux, com placa do Pernambuco, um utilitário de Ponta Porã e um caminhão.
O Garras acredita que a quadrilha, que seria dos Estados de São Paulo e do Nordeste, seja a mesma ou ao menos com alguns integrantes do roubo ao Banco Central do Brasil em Fortaleza, no Ceará, entre 6 e 7 de agosto de 2005.
O fato só foi percebido no início do expediente na segunda-feira do dia 8 de agosto daquele ano. Foi o 2º maior assalto a banco da história do Brasil, sendo que a escavação para se fazer o túnel que possibilitou a invasão demorou cerca de três meses.
Segundo a Polícia Federal, com base em estimativas a partir do peso das notas roubadas (3,5 toneladas), foram roubados aproximadamente R$ 164 milhões. As notas todas empilhadas chegariam a uma altura de quase 33 metros.