O fim de semana foi violento na fronteira do Paraguai com Mato Grosso do Sul com o registro de execuções desde a quinta-feira (14), sendo que a última foi na noite de ontem (17), quando pistoleiros mataram, em Ponta Porã (MS), um jovem de 19 anos com cerca de 50 tiros de fuzil.
Com essa morte, o número de homicídios cometidos por matadores de aluguel na região de fronteira do Paraguai com Mato Grosso do Sul já está em 141 somente neste ano, sendo 11 em janeiro, 9 em fevereiro, 15 em março, 8 em abril 8, 9 em maio, 20 em junho, 17 em julho, 12 em agosto, 16 em setembro, 15 em outubro e 9 em novembro.
A vítima foi identificada como João Vitor Barrios Hirakawauchi, 19 anos, e foi morto três dias após ser encaminhado com mais três pessoas à Delegacia de Polícia Civil após apreensão de armas de grosso calibre em bairro da cidade de Ponta Porã.
Ele tinha sido preso no dia 14 de novembro durante uma investigação a assaltos na região de fronteira, mas foi liberado no dia seguinte (15). Durante busca e apreensão realizada pela Polícia Militar em uma ação conjunta com a Polícia Civil no Bairro da Granja foram apreendidas várias armas com ele e outras três pessoas.
Na noite de domingo (17), por volta das 22h40, João Vitor transitava a bordo de um veículo da marca VW-Gol, cor chumbo, placa EFS-6631, de São José (SC), pela Rua Wenceslau Brás, onde foi atacado pelos pistoleiros que realizaram mais de 20 disparos de fuzil calibre 5.56 contra o veículo, que acabou parando sobre a Avenida Brasil, na região do Bairro da Granja.
Os pistoleiros também alcançaram uma jovem identificada como Claudia Daniela Froes da Silva, que se encontrava sentada na calçada próximo ao local do ataque e que, em razão da gravidade do ferimento e por estar gestante, foi encaminhada a um hospital no município de Dourados (MS).
Investigadores do SIG (Setor de Investigações Gerais) e investigadores da Polícia Técnica, coordenados pelo delegado Eduardo Ferreira de Oliveira, realizaram os procedimentos de rigor e posteriormente encaminharam o corpo ao IML da cidade à espera dos familiares. Por enquanto, não se descarta que a execução tenha relação com um ajuste de contas do crime organizado, mas a Polícia não elimina nenhuma hipótese.