E finalmente chega ao fim o imbróglio da transferência do Presídio Federal de Campo Grande para o Presídio Federal de Mossoró, no Rio Grande do Norte, do empresário Jamil Name Filho, 42 anos, o “Jamilzinho”, filho do também empresário Jamil Name, 83 anos, que estão presos desde o dia 27 de setembro por terem sido apontados como líderes de um grupo criminoso responsável por inúmeras execuções na Capital.
Após uma semana de impasse, Jamilzinho foi transferido, na madrugada desta terça-feira (5), para o Presídio Federal de Mossoró (RN), em um voo comercial. O advogado Fábio Augustus Colauto Gregório, recém-nomeado para defender o empresário, disse que foi surpreendido pela informação e, por isso, estava em busca de mais dados para se certificar da transferência. Gregório contou que tinha reunião prevista com o cliente.
Jamilzinho estava no Presídio Federal de Campo Grande desde o dia 12 de outubro e a transferência para o Presídio Federal de Mossoró foi determinada pelo juiz da 1ª Vara de Execução Penal, Mário José Esbalqueiro, que autorizou a ida após a descoberta de plano de ataque ao delegado da Polícia Civil Fábio Peró, um dos responsáveis pela investigação desencadeada na Operação Omertà.
O empresário deveria ter sido levado para Mossoró no dia 29 de outubro, mas, por “questões técnicas”, a transferência foi suspensa. Pelo que a reportagem apurou, houve dificuldade em garantir a segurança da operação em voo comercial, como estava previsto. O pai dele, Jamil Name, foi transferido para Mossoró na madrugada do dia 30 de outubro. Os dois e mais 19 pessoas, entre elas 15 agentes públicos de segurança, já são réus por crimes de organização criminosa armada, formação de milícia privada, corrupção ativa de servidores públicos, tráfico de armas e extorsão.