O ministro da Justiça do Brasil, Sergio Moro, confirmou, na noite de ontem (15), que o criminoso brasileiro Levi Felício, responsável por fornecer drogas e armas para as facções criminosas PCC (Primeiro Comando da Capital) e CV (Comando Vermelho), foi expulso do Paraguai e já está sob custódia das autoridades brasileiras. Por outro lado, seu braço direito Marcio Gayoso, também conhecido como “Candonga”, ainda continuam presos no país vizinho.
“Agradecemos ao Paraguai pela entrega ao Brasil de outro traficante brasileiro capturado naquele país. Aqui você tem o destino garantido, que é a prisão. Seguem firmes contra o crime organizado os presidentes Mario Abdo Benítez e Jair Bolsonaro”, disse Sergio Moro pela sua conta no Twitter, respondendo a uma publicação do presidente do Paraguai sobre a expulsão de Felício.
A expulsão foi concluída na noite de ontem no Alto Paraná, para onde o traficante foi transferido, por avião, depois de passar a noite em detenção na sede da Secretaria Nacional Antidrogas do Paraguai (Senad), em Assunción (PY). Ele tinha sido preso na capital do Paraguai após uma operação, que teve mais de um ano de investigações pelo Ministério Público do Paraguai, com a colaboração de autoridades do Brasil.
Levi Felício é apontado como líder de uma das maiores estruturas de tráfico de drogas e armas, que operava no Paraguai desde 2014. A hegemonia do grupo criminosa era tanta, que trabalhava com as duas maiores facções criminosas brasileiras: Comando Vermelho e PCC.
Outra referência do seu poder no mundo do tráfico de drogas e armas é que o conhecido narcotraficante brasileiro Marcelo Pinheiro, mais conhecido como “Marcelo Piloto”, que tentou escapar várias vezes enquanto estava preso em no país vizinho e que até assassinou uma jovem no Grupo Especializado onde estava preso, era subordinado a Felício, segundo o promotor de Justiça Carlos Alcaráz.
Na investigação que resultou em sua captura, foi rastreado um ano de operações relacionadas à produção e tráfico de maconha, no entanto, há indícios de que também distribuiu outros tipos de insumos ilícitos, como cocaína e armas. Também na segunda-feira (14), mas Pedro Juan Caballero (PY), foi preso Gayoso, também conhecido como “Candonga”, que era o braço direito de Levi, que não apenas cuidava das rotas e dos “negócios de campo”, mas também dos problemas familiares do “patrão”.
O promotor Alcaraz confirmou que, no fim da noite de ontem, apresentaria imputação e pedido de detenção preventiva para “Candonga” e outros cinco parentes dele. Somente a mãe de Gayoso está isenta da ordem de prisão por estar com problemas de saúde.
Além de Candonga, o seu irmão mais novo, Christian Gayoso, um tio conhecido apenas como Robinho e outra pessoa, todos fugitivos da Justiça. Os crimes pelos quais são acusados são de tráfico de drogas, posse e comercialização e associação criminosa.