A decisão do deputado estadual Coronel David de procurar a Polícia para denunciar integrantes do seu partido, o PSL, de estarem envolvidos com a produção de um vídeo que viralizou em grupos de WhattsApp em que um rapaz identificado como Bruno Gomides pede providências da legenda contra o parlamentar por ter apoiado a concessão de comenda da Assembleia Legislativa para o ex-senador Delcídio do Amaral, desandou de vez a situação do “nobre” parlamentar dentro da sigla, que já era ruim desde outros carnavais.
Agora, o PSL de Campo Grande enviou para a imprensa uma nota de repúdio acusando o deputado estadual de cometer crime ao sugerir que integrantes do próprio partido estão envolvidos com a produção do famigerado vídeo. Na tribuna da Assembleia Legislativa, o Coronel David afirmou que informações recebidas indicam que o vídeo foi produzido a partir de ordens do partido em Campo Grande.
Ele também citou a ligação das pessoas envolvidas com a senadora Soraya Thronicke. “Raquear (sic) celulares é crime, assim como acusar sem provas, como foi feito pelo deputado Coronel Davi na sessão desta terça-feira (25) na Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul”, rebateu o partido em sua nota.
De acordo com o texto, “o Partido Social Liberal de Campo Grande repudia qualquer invasão de celular como já se posicionou quando o Intercept Brasil ‘conseguiu’ as mensagem trocadas pelos procuradores da Lava-Jato. O PSL sempre prezou pela lisura e pelo combate à velha política que usa desse tipo de tática para denegrir. O nosso partido está a disposição para ajudar a investigar casos de fake news.”
Em sua manifestação, a legenda afirma não ter conhecimento da denúncia de David sobre invasão de seu celular e que repudia a “acusação do parlamentar que não tem provas de tal acusação”. Por fim, o partido critica o voto de seu integrante favorável à concessão da comenda do Mérito Legislativo a Delcídio, proposto pelo parlamentar Neno Razuk, do PTB, legenda na qual o ex-petista agora está. “O PSL não apoia a votação de moções, comendas ou congratulações e homenagens a personalidades ou ex-integrantes do Partido dos Trabalhadores.”
Em alusão ao vídeo gravado por Bruno Gomides, a alegação do PSL é de que “o Partido não se responsabiliza e não tem a gerência sobre a opinião de pessoas simpatizantes com a causa, a Direita e com o presidente Jair Bolsonaro.” A nota do PSL foi divulgada horas depois de fala do presidente municipal da legenda, o deputado estadual Renan Contar, em que ele foi menos crítico ao colega e chegou a dizer que está “ao lado” de David para acompanhar a apuração.
Já a senadora Soraya Thronicke (PSL) informou que vai tomar as “medidas judiciais” por ter o seu nome associado à invasão do celular do deputado estadual. Mesmo sem acusá-la diretamente em sua fala na sessão da Assembleia Legislativa, ele citou Soraya ao dizer que suspeita do envolvimento do próprio partido, tanto com a invasão quanto ao compartilhamento de “fake news” em seu nome.
Em nota a senadora negou qualquer envolvimento com o ocorrido e disse que repudia qualquer ação que configure invasão à privacidade por meios ilegais. “Reforço que ‘hackear’ aparelhos eletrônicos é crime, assim como fazer acusações sem provas, o que configura crimes de calúnia e difamação”, ressaltou ao justificar as possíveis medidas judiciais que pode vir a tomar, diante das acusações.
“Eu, assim como o PSL, não me responsabilizo e não tenho gerência sobre a opinião de pessoas simpatizantes com a causa, com a direita ou com o partido. Todos têm o direito de se expressar, mas é preciso responsabilidade ao acusar alguém de um crime”, finalizou Soraya em sua nota oficial.
A verdade é que o deputado estadual Coronel David perdeu a chance de ficar de boca fechada e agora terá de arcar com o que falou e fez. É o velho ditado de que em boca fechada não entra mosca.
Vai vendo!!!
eto e clima no PSL que já era ruim, fica pior