Três supostos integrantes do grupo criminoso que matou o comissário Felix Antonio Ferrari Yudis, 43 anos, na quarta-feira (11), em Assunção (PY), para resgatar o traficante de drogas Jorge Teófilo Samudio González, 47 anos, ligado à facção criminosa brasileira CV (Comando Vermelho), foram capturados ontem (12). Além disso, o diretor do Presídio de Emboscada, Juan Carlos Irala, 43 anos, também foi preso por suposta cumplicidade, assim como outros sete agentes penitenciários que compunham o comboio atacado.
Os supostos membros do grupo de comando que libertou o narcotraficante Teófilo Samudio, mais conhecido como “Samura”, são os irmãos Rody David Almeida Ibarra, 30 anos, e César Andrés Almeida Ibarra, 24 anos, e Édgar Espinoza Cuevas, 23 anos. Os suspeitos foram interceptados na cidade de Desmochados, no Departamento de Ñeembucú, pela Polícia daquela região do Paraguai.
Embora não tivessem armas, os três homens estavam a bordo do veículo da marca Toyota Voxy, preto, que foi filmado em resgate do integrante do Comando Vermelho. Dos três, quem já foi identificado com antecedentes criminais é Rody David Almeida Ibarra, que foi quem alugou a casa em Luque, onde parte do grupo armado se escondeu enquanto planejava o ataque para resgatar Samudio.
A casa, localizada perto do International Tennis Club (CIT), foi invadida ontem e dentro dela estava a escada que os criminosos colocaram no teto do carro mencionado para fazê-los acreditar que eram técnicos em eletricidade. Aparentemente, Rody arrastou seu irmão mais novo César com ele.
Sobre Édgar, sabe-se que ele é o irmão de Eduardo Espinoza Cuevas, 36 anos, e Alcides Espinoza Cuevas, 34 anos. Eduardo tinha sido preso com o traficante Samura em 10 de outubro do ano passado na residência deste, em Bella Vista Norte, no Departamento de Amambay, e Alcides foi preso no dia seguinte, em Luque, na posse de um fuzil depois de evitar a primeira operação no norte.
Os três capturados são do Departamento de Concepción. Além de trabalhar para Samura, eles também teriam um relacionamento com o grupo que matou Magdaleno Silva, em Yby Yaú. Esse ataque, que ocorreu em 5 de maio de 2015 e que também matou um filho de Magdaleno e outro pai com seus filhos, foi supostamente ordenado por Cornelio Esquivel Maldonado, 36 anos, também conhecido por “Mitu”, embora o Ministério Público nunca possa ter uma acusação contra esse assunto
Mitu foi investigado na época pelo Senado e pela Polícia como um dos principais supostos narcotraficantes de Yby Yaú, justamente com o agora foragido Samura e com Faustino Ramón Aguayo Cabañas, 41 anos, que também não foi identificado. Em Yby Yaú, precisamente, uma carga recorde de 2.190 quilos de cocaína que supostamente pertencia à mencionada sociedade da máfia foi confiscada em 6 de fevereiro de 2019. Jorge Teófilo Samudio González, também conhecido como “Samura”, tem dois processos criminais, um por tráfico de drogas e outro por lavagem de dinheiro.