Gastões! Vander encabeça lista de deputados de MS que torraram R$ 7 milhões esse ano. E o resultado?

Com índole para lá de contestada junto aos eleitores de Mato Grosso do Sul, agora os parlamentares federais do Estado têm um outro ponto que contribuirá para desaboná-los ainda mais perante à sociedade estadual: eles custaram aos cofres da Câmara dos Deputados R$ 7.182.392,43 no primeiro semestre deste ano. No montante, estão relacionados os valores de salário bruto, cota parlamentar e verba de gabinete.

Dos oito representantes do Estado, apenas três estavam na Casa em 2018, Dagoberto Nogueira (PDT), Vander Loubet (PT) e Fábio Trad (PSD) – o último era suplente e assumiu em 2017, com a ida de Carlos Marun (MDB) para a Secretaria de Governo da Presidência da República na administração do ex-presidente Michel Temer (MDB). Na bancada com cinco deputados de primeira viagem em Brasília, os líderes da lista com maiores gastos estão o reeleito Vander Loubet, o deputado federal de primeira viagem Beto Pereira (PSDB) e o também reconduzido ao cargo Dagoberto.

Com relação aos valores utilizados com a cota parlamentar, que para os deputados de Mato Grosso do Sul tem o teto mensal de R$ 40.542,84, podendo ser cumulativa ao longo do exercício financeiro, porém, não cumulativa para o ano seguinte, a lista tem o ranking com os seguintes valores: Loubet, R$ 228.421,08; Beto, R$ 208.366,53; Dagoberto, R$ 186.003,99; Rose Modesto (PSDB), R$ 122.449,27; Loester Trutis (PSL), R$ 110.800,28; Trad, R$ 108.213,73; Bia Cavassa (PSDB), R$ 104.772,94; e o mais econômico, Luiz Ovando (PSL), R$ 52.670,33.

Conforme a Câmara dos Deputados, o valor mensal da cota parlamentar é utilizado para reembolso e os parlamentares usam para pagar manutenção de escritório, telefonia, serviços gerais, hospedagem fora de Brasília, combustível e lubrificantes, divulgação da atividade, passagens aéreas, entre outras demandas. No primeiro semestre, Vander gastou mais dinheiro público em maio de 2019. Ele utilizou R$ 56.379,60 naquele mês, sendo seu maior custo com divulgação de atividade parlamentar, R$ 34.350,00.

Beto Pereira também usou uma parte maior da verba em maio, com locação ou fretamento de veículos, R$ 12.713,00. O terceiro colocado da lista, Dagoberto, usou mais a cota em março, e o seu maior consumo também foi com locação ou fretamento de veícu los automotores, R$ 10,4 mil. Com relação às verbas de gabinete, os três primeiros colocados são o petista Vander, que utilizou R$ 666.563,05; Trad, R$ 660.324,72; e o pedetista Dagoberto, R$ 644.336,38.

A lista segue com Beto Pereira, R$ 551.203,18; Luiz Ovando – que ao contrário da lista anterior é um dos que mais utilizam a ver ba – R$ 457.866.11; Trutis, R$ 463.168,18; e, por último, as tucanas Bia Cavassa, R$ 451.146,10, e Rose Modesto, R$ 444.173,56. O dinheiro pode ser usado para a contratação de até 25 funcionários, com salários que variam de R$ 1.025,12 a R$ 15.698,32.

Junho foi o mês em que a tucana Bia Cavassa, que ficou em penúltimo no levantamento feito pelo Correio do Estado no site da Câmara dos Deputados, mais usou a verba. Bia gastou R$ 111.593,48, ela tem 15 funcionários em exercício. Já a última colocada, Rose Modesto, usou mais a verba em maio, R$ 97.698,79. Ela tem 13 pessoas contratadas. Vander tem curiosamente 27 funcionários em exercício cadastrados na Casa.