O ex-senador “gato” de Mato Grosso do Sul, Delcídio do Amaral (PTC), vai a imprensa dizer no início dessa semana que não deve concorrer à campanha de 2020 e pretende se concentrar, na praia de Jurerê Internacional, em Santa Catarina, onde mora, preparar “um grande partido” para encarar as eleições majoritárias em 2022.
O que ele não quis expor é que sua esposa, Maika Amaral, que gosta da alta sociedade e de estar sempre exposta na mídia “socialite” e sua família que coleciona festas em que investimentos passam de meio milhão de reais, não suportaria, por exemplo, viver na cidade de Corumbá, terra natal do ex-senador, caso ele vencesse o pleito do ano que vem para prefeito.
Ora, Maika é dona de comércio em shopping badalado de Florianópolis e Delcídio de uma cobertura luxuosa cobertura na cidade além de uma casa de quatro andares na praia dos “ricos” da orla.
Tendo uma vida muito confortável e a família vivendo na alta sociedade catarinense, com uma reputação de excelentes anfitriões, não iriam, é óbvio, trocar tudo isso pelo calor e pelos mosquitos do Pantanal.
Ou o ex-senador viria trabalhar sozinho na sua tão falada e “querida” Corumbá?
Delcídio chegou a ser cogitado para ser candidato em Campo Grande, mas sabe que não tem chance diante dos adversários já existente, entre eles o atual prefeito Marquinhos Trad que lidera a corrida pelo prefeitura.
O político teve o mandato cassado em 2016 por quebra de decoro parlamentar por tentar obstruir a investigação da Lava Jato. Delcídio foi absolvido no dia 12 de julho pela Justiça Federal em Brasília, em uma ação penal em que era acusado de ter participado de um esquema para comprar o silêncio de Nestor Cerveró, ex-diretor da Petrobras que virou delator na operação. O ex-presidente Lula e outros cinco réus também foram absolvidos no mesmo processo pelo juiz federal Ricardo Leite, que en tendeu que não havia provas contra eles.
Com a situação política praticamente resolvida, o ex-senador ainda planeja os novos passos para 2020 e 2022, porém, é certo que não deve concorrer como prefeito ou vereador no ano que vem.
Para quem não conhece a história de Delcídio, que sempre morou em Santa Catarina e foi carrasco do PT por lá, é fácil entender como ele retornou a MS.
Sem entrar em detalhes, o homem foi imposto goela abaixo no Partido dos Trabalhadores em MS pela cúpula direitista da sigla e acabou virando senador desagradando muitos “históricos” do partido.
Da noite pro dia virou “petista” e ganhou eleição. Veio para Capital desempenhar o papel de senador, mas nunca rompeu laços com Santa Catarina.
Bem, para quem tomava champagne de RS 5 mil reais com os pés na areia mais cara do sul do Brasil e receber personalidades em sua confortável mansão, é bem plausível entender que não dá mesmo para trocar tudo isso por Corumbá, ou dá?