A estreia da advogada Soraya Thronicke no Senado Federal está sendo desastrosa.
Primeiro ela ganhou a mídia nacional por ter se tornado a campeã de gastos com diárias em viagens internacionais na Casa de Leis e liderar uma lista de parlamentares que fizeram despesas desse tipo e aumentarem os custos em 154% com relação ao mesmo período de 2018.
Depois o vice-presidente do PSL em Mato Grosso do Sul, Danny Fabrício Cabral Gomes, que é o 2º suplente da senadora Soraya Thronicke (PSL/MS), é réu por lavagem de dinheiro por uma denúncia feita pelo Ministério Público Federal do Espírito Santo (MPF-ES), no Tribunal Regional Federal da 2ª Região (TRF 2).
Agora, a “nobre” parlamentar e presidente do PSL no Estado perdeu na Justiça Eleitoral a ação contra seu primeiro suplente e ex-presidente da sigla, Rodolfo Nogueira. Foram seis votos pelo desprovimento do recurso e nenhum voto pelo provimento. Conforme a denúncia apresentada no Tribunal Regional Eleitoral de Mato Grosso do Sul (TRE-MS), ela e o segundo suplente, Danny Fabrício, ajuizaram a ação contra Nogueira por suposta ameaça a integridade física de Soraya em três oportunidades.
A senadora narra na ação que Rodolfo fez campanha para os então candidatos ao Senado Nelson Trad (PSD) e Marcelo Miglioli (PSDB). Segundo os representantes, Nogueira cometeu abuso do poder político e abuso do poder econômico, além de haver violado o estatuto do PSL, desrespeitado o princípio da boa-fé objetiva e o princípio da lisura das eleições. Está não é a primeira derrota de Soraya e Danny.
Em novembro, o desembargador do TRE-MS Sérgio Martins já havia decido pela extinção do processo. De acordo com a advogada Maitê Nascimento Lima, que faz a defesa de Rodolfo junto do advogado Ary Raghiant, o “TRE tem entendido que tais alegações – típicas da ação de investigação judicial eleitoral – não podem ser acolhidas pelo Judiciário em caso de candidatos da mesma chapa”.
Ainda de acordo com a advogada, “a unicidade de chapa não permite ao Judiciário intervir no que deve ser resolvido interna corporis pelo próprio partido. Esse foi o principal fundamento da rejeição dos argumentos da senadora, desde o primeiro momento até o julgamento que foi concluído hoje [ontem]”.
Durante a campanha eleitoral, a senadora eleita registrou boletim de ocorrência em Campo Grande contra suposta ameaça feita por Rodolfo, então presidente do partido. Ele teria ameaçado arrebentar ela.