O pecuarista brasileiro Antônio Ademir Dominguez, de 67 anos, que foi executado a tiros por pistoleiros por volta das 14h30 de ontem (19) no interior de uma oficina mecânica no centro de Ponta Porã (MS), tinha ligações com o narcotraficante brasileiro Luiz Carlos da Rocha, mais conhecido como “Cabeça Branca”, que está preso no Brasil desde 2017. Com essa morte, o número de assassinatos na região de fronteira do Paraguai com Mato Grosso do Sul sobe para 68 somente neste ano, sendo 11 em janeiro, 9 em fevereiro, 15 em março, 8 em abril, 9 em maio e 16 em junho.
Ainda conforme informações da Polícia, Antônio Dominguez arrendou uma propriedade rural pertencente ao narcotraficante “Cabeça Branca” para criar gado e era o proprietário de um posto de combustíveis na cidade de Cerro Memby, no Departamento de Concepción, no Paraguai. Na hora da morte, o brasileiro estava sentado em frente ao escritório da oficina mecânica na cidade de Ponta Porã, quando foi surpreendido pelos pistoleiros, que estavam a bordo do Toyota Corolla e deram 25 tiros contra o pecuarista.
A primeira informação relatou que Dominguez era o dono do posto de combustíveis onde, na terça-feira (18) cinco homens que estavam em uma caminhonete Toyota Hilux atiraram contra Andrés Sánchez após uma tentativa frustrada de sequestrá-lo. No entanto, a Polícia negou essa versão e apontou que Domínguez de fato tinha um posto de combustíveis no Departamento de Concepción, mas que não era o lugar onde o assassinato brutal mencionado ocorreu.
Outras versões relatam que o pecuarista assassinado tinha arrendado uma fazenda para criar gado junto ao narcotraficante “Cabeça Branca”, que atualmente está preso no Brasil por tráfico de drogas. O estabelecimento que era de Rocha é administrado atualmente pela Secretaria Nacional de Bens Apreendidos e Comissionados do Paraguai (Senabico) e supostamente o alugou a Domínguez.