Eles receberam estes recursos em seus contracheques entre os meses de novembro de 2015 e janeiro de 2016 (o último ano de Bernal na Prefeitura). Os pagamentos foram possíveis por meio de uma rubrica considerada ilegal, denominada gratificação por encargos especiais.
Entre os ex-secretários municipais que receberam verbas ilegalmente e agora estão sujeitos à devolução dos valores, estão José Carneiro Dias Vieira Neto, Luidson Borges Tenório Noleto, Ricardo Trefzger Ballock, Leila Cardoso Machado, Ivandro Corrêa Fonseca, Amilton Cândido de Oliveira, Maria do Amparo Araújo Melo, Paulo Francisco Coimbra Pedra, Marcela Rodrigues Carneiro, Rui Nunes da Silva Júnior, Dharleng Campos de Oliveira, Wilton Edgar Sá e Silva Acosta, Leyde Alves Pedroso, João Hene Silveira Fahed, Marcos Cesar Hobel Escanaichi, Vitor Rocha Pires de Oliveira e Disney de Souza Fernandes.
Entre os denunciados pelo promotor de Justiça Adriano Lobo Viana de Rezende, Ricardo Trefzger Ballock, que ocupou simultaneamente os cargos de secretário de Administração e de diretor-presidente do Instituto Municipal de Previdência de Campo Grande (IMPCG), é o que recebeu o maior montante de recursos por meio da gratificação questionada na ação civil pública. No período, foram identificados R$ 206,5 mil a mais em seu salário.
O vice-campeão em recebimento de recursos pela rubrica criada por Alcides Bernal especialmente para seu primeiro escalão é Ivandro Corrêa Fonseca, que teria sido beneficiado com R$ 173,6 mil em recursos extras ao longo do período em que ocupou a Secretaria Municipal de Saúde Pública (Sesau), entre novembro de 2015 e novembro de 2016. Quem também teve rendimentos acima de R$ 100 mil no período foi Disney de Souza Fernandes, que ocupou a Secretaria de Receita. O ganho extra que ele teve com a verba complementar oferecida pelo prefeito foi de R$ 121,7 mil.