Em decisão da última sexta-feira, o ministro Luiz Edson Fachin, do STF (Supremo Tribunal Federal), negou pedido do ex-senador Delcídio Amaral para substituir pena de prestação de serviços à comunidade por multa. O ministro também cobrou explicações do político do motivo pelo qual ele não pagou parcela de R$ 85 mil referente a acordo de delação fechado durante a Operação Lava Jato.
A pena prevê prestação de serviços em Campo Grande. Já a defesa de Delcídio tentar trocar a decisão por multa alegando que o ex-senador vive na zona rural de Corumbá, e que só vem a Capital a cada 15 dias. Fachin, no entanto, não concordou com o argumento e manteve a prestação de serviços.
Em relação ao atraso para pagamento de parcela, o ministro quer que Delcídio se explique. O pedido de explicações atende a solicitação da procuradora-geral da República, Raquel Dodge. A multa, ao todo, corresponde ao montante de R$ 1,5 milhão dividida em 9 anos.
A parcela anual vence todo dia 30 de setembro e a do ano passado foi paga com atraso. O valor deste ano, que só vence daqui a quatro meses, segue em aberto. A defesa do ex-senador tem prazo de cinco dias para responder aos questionamentos do ministro.