A facção criminosa brasileira PCC (Primeiro Comando da Capital) pretendia explodir o Centro de Reabilitação Social do Departamento Penitenciário de Itapúa, localizado na cidade paraguaia de Cambyretá, para resgatar dois dos principais líderes do grupo criminoso no país vizinho: Carlos Henrique Silva Candido Tavares, 39 anos, e Oziel Riso de Sá, 37 anos, que já foram mandados de volta para o Brasil.
Esses dois líderes do PCC foram presos por tráfico de drogas e, supostamente, continuavam controlado de dentro da prisão o comércio de entorpecentes em parceria com o alemão René Hofstetter, que está cumprindo uma sentença de 12 anos pelo assassinato de adolescente Alex Villamayor, filho do ex-deputado Luis Villamayor.
Além disso, o alemão já teria sido batizado pelos dois brasileiros como membro do PCC e é por isso que, como um primeiro favor, René Hofstetter teria perguntado aos seus novos “irmãos” a possibilidade de executar o ex-deptuado Luis Villamayor.
Essa teoria foi confirmada pela intercepção de vários telefonemas feitos por Carlos Enrique e Oziel de Sá a outros membros do PCC que estão no Brasil, que pediram para executarem o “trabalho” encomendado pelo alemão e a libertação de ambos da prisão no Paraguai.
As conversas gravadas pelo Ministério do Interior foram usadas para abrir uma investigação pelo promotor de Justiça Hugo Volpe. Como resultado disso, Carlos Henrique e Oziel de Sá foram expulsos do Paraguai no início deste mês, apesar de terem quase 10 anos de sentença.