Depois de uma trégua que durou de segunda-feira (25) até o início da noite desta quarta-feira (27), a matança voltou à fronteira do Paraguai com Mato Grosso do Sul, entre as cidades de Pedro Juan Caballero (PY) e Ponta Porã (MS), com as execuções de dois homens após um ataque com arma de fogo.
As execuções fizeram com que o número de assassinatos por pistoleiros chegasse a 33 no período de 1º de janeiro até o dia 27 de março, sendo 11 execuções em janeiro, 9 em fevereiro e 13 em março.
Segundo relatórios preliminares, os mortos foram identificados como Sandro Arredondo Lugo e Leandro Steinhauser Franco, o primeiro é diretor-acadêmico de Faculdade de Medicina de Pedro Juan Caballero e o segundo era guarda-costas do piloto de avião Fernando Olmedo Calonga, que supostamente era o alvo do ataque e ficou gravemente ferido.
O ataque ocorreu depois das 18 horas no Bairro Defensores del Chaco, em Pedro Juan Caballero, quando Fernando Olmedo e Sandro Arredondo estavam assistindo a um treino de motocross.
O atentado foi praticado por 10 pessoas, que chegaram em quatro vans e abriram fogo contra as vítimas, sendo que o médico, o piloto e um segurança conseguiram chegar até uma caminhonete blindada da marca Toyota Land Cruise, placa BXF-983, do Paraguai, e foram até uma clínica particular da cidade de Pedro Juan Caballero.
O diretor-acadêmico da Faculdade de Medicina foi baleado em meio ao tiroteio e faleceu ao chegar à clínica. Agentes da Divisão de Homicídios não descartam que o ataque era dirigido ao piloto de aeronave e investigaram o caso com o apoio da promotora de Justiça Liz Nadine Portillo e da Direção de Investigações de Casos Puníveis e agentes da Polícia Técnica da Polícia Nacional do Paraguai em Pedro Juan Caballero, que manifestaram que os pistoleiros teriam utilizado arma de grosso calibre tipo fuzil.
Moradores da região de fronteira, amigos e familiares do médico manifestaram sua indignação e cobraram das autoridades policiais paraguaias uma profunda investigação sobre o caso e punição dos culpados que ceifou de forma violenta a vida do profissional.