ação de vândalos travestidos de foliões no carnaval de rua de Campo Grande neste ano pode resultar no fim do evento em 2020. Os arruaceiros se misturaram com os “blocos de rua”, que são a opção mais legítima de carnaval, e quebraram o pau no fim da folia na Esplanada Ferroviária, dando uma palhinha do que antes só acontecia na Avenida Fernando Corrêa da Costa.
A Prefeitura de Campo Grande e a Sectur (Secretaria Municipal de Cultura e Turismo) avaliam como positiva a passagem dos blocos carnavalescos pela Esplanada Ferroviária, mas reconhecem que alguns marginais podem colocar tudo a perder, pois, nesta semana, o Executivo envia relatório completo com fotos de todos os dias de evento ao MPE (Ministério Público Estadual), que deve orientar sobre a realização ou não do evento em 2020.
Conforme a Prefeitura, todas as regras do TAC (Termo de Ajustamento de Conduta) foram cumpridos e não há motivo para a abertura de Ação Civil Pública. O Executivo não acredita em ajuizamento de Ação Civil Pública porque as ações dos vândalos foram fora da área definida no TAC – na Avenida Calógeras. O MPE pode ampliar a área de proteção e sugerir a não realização do Carnaval no espaço.
Para moradores e comerciantes, pode ser TAC ou qualquer coisa, para gente sem noção regra é o de menos. Os proprietários reclamam que, mesmo com o fim do cordão às 22h, uma “bagunça” é formada nos arredores. Para um dos funcionários do tradicional Hotel Gaspar, localizado no cruzamento onde a concentração de foliões é maior, a dificuldade para dispersar os foliões é explicada pela falta de opção.
Na madrugada, militares do Batalhão de Choque da Polícia Militar se adiantaram e antes de qualquer confusão impediram que multidão permanecesse aos arredores da Esplanada após encerramento do Cordão da Valu. A ação de desobstrução das vias da região durou uma hora, mas os policiais precisam usar bombas e sprays.