No dia 17 de março do ano passado, o acadêmico de Medicina Paulo Lucas Sereno Dias Ramos, que fazia o curso em uma faculdade de Pedro Juan Caballero, cidade paraguaia que faz fronteira com Ponta Porã (MS), foi preso pela Polícia Militar, juntamente com a namorada adolescente K.F.J., de apenas 16 anos de idade, após aterrorizar os dois lados da fronteira com uma série de assaltos praticados em apenas uma hora.
Depois de quase um ano, para ser mais preciso durante o dia de ontem (6), eis que outro acadêmico de Medicina é preso pelo Departamento de Operações de Fronteira (DOF) transportando a droga skunk, que no Brasil refere-se à variedade de Cannabis de odor mais forte (daí o nome skunk, que significa gambá em inglês) e dotada de maior concentração de substâncias psicoativas produzidas mediante cruzamentos de várias espécies do mesmo gênero (Cannabis sativa, Cannabis indica e Canabis ruderalis).
Trata-se de Cleber Ronaldo Gomes, 47 anos, que cursa Medicina no Paraguai e foi preso dentro de um ônibus interestadual na BR-463, transportando 3,6 quilos de skunk, durante uma abordagem do bloqueio policial para fiscalização. O veículo fazia o itinerário Pedro Juan Caballero (PY)-São Paulo (SP) e o entorpecente estava em uma mochila no compartimento de bagagem acima da poltrona 9.
Inicialmente, Cleber Ronaldo Gomes de Oliveira disse não sabia quem era o responsável pela droga, mas os policiais encontraram o bilhete de passagem em seu nome. Ele disse que foi contratado para levar a droga até a capital do Estado de São Paulo. A ocorrência foi registrada e entregue na Delegacia de Polícia Federal de Ponta Porã para os procedimentos legais.
A situação de acadêmicos de Medicina do Paraguai envolvidos com crimes na região de fronteira é cada vez mais latente e, de acordo com as autoridades policiais, muitos jovens que vêm de várias partes do Brasil fazer faculdade no país vizinho partem para o crime depois de se viciarem em drogas que são de fácil acesso em Pedro Juan Caballero. O que já está se tornando um problema social, já que muitos usam o dinheiro dos pais para o consumo imediato e, acabando a “grana”, parte para o crime. Vai vendo!!!