‘Fantoche’! PF fica 3 horas na Fiems e recolhe documentos. Entidade diz que tudo está normal

Se por um lado a Fiems – Federação das Indústria de MS e seu coirmão Sesi – Serviço Social da Indústria, se dizem tranquilos com a incursão da Polícia Federal em busca de provas que desnudem um esquema milionário de desvio de verbas públicas, agora resta só esperar a compilação dos dados para saber quem tem razão.

Os contratos para o evento Sesi Bonecos do Mundo estão entre os alvos investigados pela PFna Operação Fantoche.

Esse grandioso espetáculo rodou o Brasil e teve duas edições em Campo Grande, uma em 2009 e 2013.

O evento trouxe para a Capital grupos nacionais e também da Itália, Rússia, Estados Unidos e Coréia, Peru, Japão.

Em 2013, com estrutura espetacular com  três palcos e uma série de estandes espalhados pelo Parque das Nações Indígenas, foi possível assistir diversas atrações.

Na edição de seis anos atrás, o representante sul-mato-grossenses foi a peça Crianceiras, com poesias de Manoel de Barros musicadas por Márcio de Camillo. A banda Pato Fu encerrou com show a programação do sábado, dia 24 de agosto daquele ano.

A PF ainda não divulgou o que essas duas edições teriam de irregular tanto no custeio como na execução.

HOJE

A Polícia Federal desencadeou, nesta terça-feira (19), a Operação Fantoche, que investiga um esquema de corrupção envolvendo um grupo de empresas sob o controle de uma mesma família que vem executando contratos, desde 2002, por meio de convênios com o Ministério do Turismo e entidades do Sistema S. Estima-se que o grupo já tenha recebido mais de R$ 400 milhões.

Um dos Estados investigados é MS através da Fiems onde estaria envolvidos o Sesi e o Senai.

Os mandados de prisão são para o presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Robson Braga de Andrade; o presidente da Federação das Indústria de Pernambuco (Fiepe), Ricardo Essinger; entre outros.

São cumpridos outros 40 de busca e apreensão no Distrito Federal, Pernambuco, São Paulo, Paraíba, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais e Alagoas. Segundo a PF, são investigadas a prática de crimes contra a administração pública, fraudes licitatórias, associação criminosa e lavagem de ativos.

A operação conta com apoio do Tribunal de Contas da União (TCU). A investigação aponta que o grupo costumava utilizar entidades de direito privado sem fins lucrativos para justificar os contratos e convênios diretos com o ministério e unidades do Sistema S.

A maioria dos contratos eram voltados à execução de eventos culturais e de publicidade superfaturados ou que não foram concluídos, com recursos desviados em favor do núcleo empresarial por meio de empresas de fachada, de acordo com a PF.

Em Campo Grande, policiais federais estão no prédio onde funciona o Senai (Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial) e o Sesi (Serviço Social da Indústria), ambos vinculados à Fiems (Federação das Indústrias de Mato Grosso do Sul). São três viaturas e as equipes chegaram antes da

Segundo a PF, são investigadas a prática de crimes contra a administração pública, fraudes licitatórias, associação criminosa e lavagem de ativos.

De acordo com a apuração, que contou com o apoio do TCU (Tribunal de Contas da União), o grupo utiliza entidades privadas e sem fins lucrativos para fechar contratos e convênios com o ministério e unidades do Sistema S.

A maior parte das contratações é de eventos culturais e de publicidade, mas ainda segundo a PF, os serviços prestados eram superfaturados.  

O sistema S inclui entidades como o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai), o Serviço Social do Comércio (Sesc), o Serviço Social da Indústria (Sesi) e o Serviço Nacional de Aprendizagem do Comércio (Senac).

A 4ª Vara Federal da Seção Judiciária de Pernambuco ainda autorizou o sequestro e bloqueio de bens e valores dos investigados.

Procurado pelo G1, o Ministério do Turismo afirmou que a atual gestão determinou “uma auditoria completa em todos os convênios da pasta e cancelou convênio no valor de R$ 1 milhão antes mesmo de tomar conhecimento da investigação da Polícia Federal”. A pasta aponta, ainda, que nenhum contrato foi assinado nesta gestão e que está à disposição.

Mandados

São 23 mandados de busca e apreensão em Pernambuco e sete de prisão temporária. A Casa da Indústria, na região central do Recife, está entre os locais em que as equipes da PF foram durante a manhã.

Entre os alvos da Operação Fantoche estão o Instituto Origami, Aliança Comunicação e Cultura, Idea Locação de Estruturas e Iluminação, Somar Intermediação e Negócios e Ateliê Produções Artísticas. O G1 tenta contato com as empresas.

Além dos sete mandados de prisão temporária em Pernambuco, são cumpridos outros três em Nova Lima (MG), Maceió (AL) e Campina Grande (PB).  Com infos G1.

NOTA OFICIAL DA FIEMS

A Federação das Indústrias de Mato Grosso do Sul – Fiems – recebeu, hoje pela manhã, equipes da Polícia Federal em busca de informações sobre projetos que foram executados de 2010 a 2013.

Em Mato Grosso do Sul, os serviços se deram por meio de processo de licitação, modalidade concorrência, e foram devidamente executados com as respectivas prestações de contas aprovadas pelos órgãos de controle.

O Sistema Fiems permanece à disposição das autoridades para qualquer tipo de esclarecimento.
SISTEMA FIEMS