Desapareceram de forma “misteriosa” os 25 veículos apreendidos pela Polícia Nacional do Paraguai em uma grande operação realizada no dia 7 de fevereiro na cidade de Pedro Juan Caballero, que faz fronteira com Ponta Porã (MS), contra os “soldados” do narcotraficante brasileiro Sergio de Arruda Quintiliano Netto, mais conhecido como “Minotauro”, que foi capturado no dia 5 de fevereiro em Balneário Camboriú (SC).
Além da apreensão de 25 veículos, a ação policial, realizada com o intuito de identificar pessoas que fariam parte da facção criminosa brasileira PCC (Primeiro Comanda da Capital) na região de fronteira, acabou com 15 pessoas presas, sendo 14 homens e uma mulher, de cidadanias brasileiras e paraguaias e também com a apreensão de forte armamento de uso restrito das forças armadas e munições.
Dentre os 25 veículos apreendidos em poder dos criminosos, cinco veículos tinham queixa de furtos no Brasil e que estavam custodiados em Pedro Juan Caballero, sendo uma Chevrolet Montana, placa EQW-8013, uma SUV Hyundai Tucson, placa ENQ-1142, uma caminhonete Chevrolet S10, placa SAB-1766, um Ford Focus, placa NTW-8124, e um Volkswagen Tiguan, placa FRJ-0102.
O “sumiço”
No entanto, no sábado (16), os promotores de Justiça que cuidam do caso em Pedro Juan Caballero, Sandra Díaz e Federico Delfino, informaram que todos os veículos simplesmente desapareceram do depósito onde estavam guardados sob a escolta policial. O ministro do Interior do Paraguai, Juan Ernesto Villamayor, confirmou que realmente os veículos “viraram fumaça”.
Segundo revelou o ministro, esses veículos ficaram em um depósito em Pedro Juan Caballero porque uns tinham defeito técnico, alguns estavam com problemas mecânicos, enquanto outros ainda estavam recebendo blindagem para dar mais segurança às pessoas que fossem fazer uso desses carros.
Ele explicou ainda que os veículos aptos a rodar foram levados para Assunção. Porém, em momento algum, cogitou a devolução dos veículos com queixa de furto ao Brasil. A reportagem apurou que alguns dos veículos que “sumiram” do galpão estavam sem funcionar, acreditando-se que quem os retirou do local pode ter feito o uso de caminhões.
E assim continua tudo igual na fronteira…