O pistoleiro brasileiro Sérgio Lima dos Santos, que foi condenado pela execução de Jorge Rafaat em 2016 na fronteira do Paraguai com o Brasil, provocou, ontem (17), um incêndio no Presídio de Tacumbú, em Assunção (PY), onde está cumprindo pena, colocando fogo em vários colchões empilhados no corredor da penitenciária, para exigir sua imediata extradição para o Brasil.
O incidente deixou ferimentos leves e começou em uma das celas do pavilhão “Liberdade”, localizado no próprio centro prisional, onde é realizado o artesanato. Fontes da prisão revelaram que Sergio Lima dos Santos colocou vários colchões, papéis e tecidos no setor do pavilhão e depois os queimou.
O incêndio alarmou os outros presos da ala, que correram para fora e um deles, identificado como Mauro Mendez, passou mal com a inalação de fumaça. Funcionários da prisão socorreram Mendez e depois o transferiram em uma ambulância para o Hospital de Trauma para atendimento médico.
Dois outros condenados ficaram levemente feridos e foram tratados no pavilhão da saúde. Bombeiros voluntários das companhias da capital do Paraguai chegaram ao local para apagar o incêndio, enquanto policiais do esquadrão antimotim entraram na prisão para controlar a população carcerária.
Uma vez extinto o incêndio, Lima dos Santos foi isolado do resto dos presos, que no total são 3.369 naquele estabelecimento, segundo fontes da penitenciária. Depois de estar fora do fogo, o ministro da Justiça, Julio Javier Rios, e o diretor da prisão Tacumbú, Anildo Caballero, confirmou à imprensa que Sergio Lima dos Santos foi quem começou o fogo, buscando sua extradição para o Brasil porque em Tacumbú sua vida está supostamente em perigo.
Caballero indicou que Lima é um condenado “altamente perigoso” e que foi colocado no pavilhão “Liberdade” porque está longe dos muros da penitenciária. Entretanto, na ausência de qualquer pedido de extradição das autoridades brasileiras, está sendo estudada a possibilidade de transferi-los para outra cadeia mais segura.