A Senad (Secretaria Nacional Antidrogas do Paraguai) prendeu, nesta semana, no Aeroporto Internacional Silvio Pettirossi, em Luque, cidade que faz parte da grande Assunção, capital do Paraguai, o colombiano Remy Marlon Herrera Fischer, 33 anos, que recrutava “mulas” para o tráfico de cocaína para a Europa em malas com fundos falsos ou cápsulas no estômago.
O colombiano foi preso quando ia embarcar em um voo para a Itália acompanhando da paraguaia Liliana Viviana Fleitas, 25 anos, que seria sua ocasiona parceira no tráfico de cocaína para a Europa. Segundo os investigadores, Herrera mantinha uma estrutura criminosa para recrutar “mulas”, normalmente pessoas de comunidades carentes, na Argentina, Brasil e Paraguai, de onde viajavam para Espanha e Itália em excursões turísticas, levando pequenas quantidades da droga.
Nesses três países, Herrera conseguia pessoalmente recrutar pessoas, de preferência jovens, para efetuar o tráfico de cocaína em malas com fundos falsos ou ingerindo cápsulas com a droga. Supostamente, as “mulas” recebiam até US$ 5 mil pela viagem, que, normalmente, eram “camufladas” como uma excursão de turismo pelo Velho Mundo e também faziam parte do pagamento pelo tráfico.
No Paraguai, que era a base de operações do colombiano, aparentemente o recrutamento se concentrava em Ciudad del Este, onde ele se aproveitava da falta de recursos das pessoas para usá-las como “mulas”. Herrera trazia a cocaína da Bolívia via avião e, já em território paraguaio, preparava a droga para ser enviada aos mercados consumidores na Europa.
Aparentemente, as atividades do colombiano foram descobertas na cidade de Turim, na Itália, onde as agências de segurança começaram a monitorar a estrutura do suspeito. Os agentes da Senad confirmaram que a Polícia Federal do Brasil desmanchou a base montada por Herrera para recrutar as “mulas” e, por isso, ele teria se refugiado em Luque por vários dias até que pudesse finalmente obter um visto de viagem para a Europa.
No entanto, os agentes da Senad foram alertados por seus pares do Brasil e da Itália, iniciando o acompanhamento dos passos do colombiano e, nesta semana, surpreenderam Herrera, que, juntamente com Liliana Viviana Fleitas esperavam pela autorização de embarque em uma aeronave com destino à Itália.
Além disso, a Polícia Nacional do Paraguai também prendeu, no Departamento do Alto Paraná, vários outros cidadãos colombianos que estavam envolvidos no mesmo esquema de tráfico de cocaína. Aparentemente, todos eles faziam parte do mesmo cartel de enviar remessas de drogas de diferentes países da região, com exceção da Colômbia, para escapar da fiscalização.