No último dia 5 de abril, o Blog do Nélio denunciou o caso da professora Angelita Inácio de Araújo, que é servidora da Prefeitura de Campo Grande e também da Secretaria Estadual de Educação, mas, ao mesmo tempo, ainda ocupa cargo comissionado de assessora parlamentar III no gabinete da vereadora Enfermeira Cida Amaral.
Agora, a professora Angelita Inácio de Araújo procurou o Blog para contestar a denúncia, alegando que não é “fantasma” e estaria atuando dentro da legislação atual no caso de ocupar mais de um cargo público. Confira abaixo o relato dela:
“Bom dia Nélio. Meu nome é Angelita, sempre acompanhei e respeitei seu trabalho e foi com muita tristeza que vi meu nome envolvido em uma denúncia que não condiz com as realidades dos fatos. Primeiramente gostaria de me apresentar.
Nasci em Ibiporã no Paraná, estudei sempre em escola pública, sou de família humilde e frequentei Universidade Estadual no Paraná, onde cursei Geografia e me formei no de 2000. Em 2001 me mudei para Campo Grande, trabalhei em empresa privada até 2006, quando fui aprovada em concurso público de professora de Geografia com carga horária de 20h, depois me formei em direito em 2007, e fiz especialização em direito público, concluindo em 2016.
No Estado, trabalhei na educação especial por 6 anos e depois na Assessoria Jurídica da Secretaria de Educação, presidindo processos disciplinares, em 2015 fui cedida para Fundesporte, assessorando a procuradora do Estado. No ano de 2017 fui cedida para a Prefeitura de Campo Grande, com ônus para origem, por meio de convênio, ou seja, o Estado paga meu salário, minha carga horária continuou a mesma, ou seja, das 7h às 11h, sem qualquer remuneração da Prefeitura.
No mesmo ano fui nomeada para o gabinete da vereadora Enfermeira Cida para trabalhar das 12h às 18h, como assessora jurídica, lá analiso todos os projetos de lei, faço todos os protocolos em sistema, dou os pareces nos processos e ainda analiso e protocolo todas as indicações da vereadora, que em 2017 foram mais de 3000, e tudo fica registrado em sistema, como o horário de inserção e o login de quem inseriu, que no caso foi o meu.
Não sou pessoa pública, apenas técnica, e procuro realizar meu trabalho de forma ética e zelo pela coisa pública. Fico a sua disposição para apresentar todos os relatórios do meu trabalho, bem como sobre a minha capacitação. E ainda, se você for a Câmara de Vereadores pode questionar junto a portaria e guarda municipais, meu horário de chegada e saída, como também meu histórico funcional pelos lugares onde já trabalhei.
A vereadora passa por uma perseguição em razão da demissão de dois jornalistas do seu gabinete e ainda por ter trocado de partido, o que está refletindo, nas pessoas que estão a sua volta. Reitero que não possuo três cargos, o que pode ser conferido no site da transparência. Sou concursada por 20h e cargo comissionado por 30h, seguindo estritamente a legislação que permite a acumulação de um cargo de professor com um cargo técnico, e ainda há compatibilidade de horários.
Ando passando por uma fase delicada na minha vida, estou grávida, e é uma gravidez de risco. Gostaria de contar com a sua compreensão, e dizer que estou à disposição para esclarecimento de qualquer fato que envolva meu nome, mesmo que eu saiba que o alvo não sou eu.
Fique com Deus!”