De universidade referência na formação acadêmica de Campo Grande para a campeã de reclamações na Justiça com mais de mil ações movidas pelos universitários nos últimos dois anos, conforme levantamento da Defensoria Pública de Mato Grosso do Sul. Essa é a nova realidade da Uniderp depois de ter sido comprada pelo Grupo Kroton Educacional, que só visa lucro e deixa de lado a qualidade no ensino superior oferecido pela instituição.
A Defensoria Pública de Mato Grosso do Sul revela ainda que estão em andamento cinco ações civis públicas contra a universidade e, em duas delas, há liminares vigentes. Já a Superintendência do Procon-MS recebe, por dia, em média, duas reclamações de alunos conta a Uniderp, sendo que neste ano já são 228 registros, 25 deles feitos em 12 dias.
Há, ainda, casos de pessoas que procuram advogado particular para garantir a permanência no curso e retirar cobranças indevidas – uma das maiores reclamações dos acadêmicos. O Núcleo de Ações Institucionais Estratégicas da Defensoria Pública observa que há dois anos as reclamações contra a instituição ganharam força e tiveram grande aumento.
O órgão tenta inúmeras negociações, mas não obtém êxito, pois a Uniderp não cumpre as decisões já existentes. Em duas ações civis públicas, há liminares garantido que não sejam cobrados valores extras de quem tem 100% do Fies e para que não se altere o contrato, passando de aulas presenciais para EAD (Educação a Distância), porém, são desobedecidas.
A Uniderp está no topo do ranking das universidades com mais reclamações por ferir direitos do consumidor no Estado. É uma avalanche de ações, são inúmeras individuais e coletivas. É uma situação delicada e muitas vezes chega a ser absurda a falta de respeito com as pessoas. Ao que me parece, é vantajoso para a instituição agir dessa forma, é financeiramente rentável, pois muitos aceitam e compensam os poucos que reclamam.