Juiz manda prender professor que deu apoio logístico ao PCC em atentado no Paraguai

O juiz criminal das Garantias Gustavo Amarilla ordenou a prisão do professor Cecilio Rubén González acusado de associação criminal e violação da lei de armas. Ele é acusado de disponibilizar apoio logístico à facção criminosa brasileira Primeiro Comando da Capital (PCC), que em outubro do ano passado cometeu um ataque em Assunção, capital do Paraguai, que resultou na morte de uma criança de 5 anos de idade.

Após a audiência da imposição de medidas, o juiz ordenou a prisão de Cecilio González e enviou-o para a prisão regional de Coronel Oviedo, conforme solicitado pelo Ministério Público, por uma questão de segurança. O professor estava foragido há quase três meses, mas compareceu perante à Polícia na quarta-feira passada e foi acusado pelos procuradores Hugo Volpe e Alicia Sapriza.

Ele foi preso pelo caso do ataque que foi cometido no Bairro Madame Lynch em 25 de outubro do ano passado contra a van em que William Giménez, suposto traficante de drogas, e seu filho de 5 anos, que morreu com uma bala perdida disparada pelos pistoleiros ligados ao PCC. Ao constatar que seu filho tinha morrido no atentado, Giménez cometeu suicídio logo em seguida.

Dois dias depois, a Polícia realizou uma incursão em uma casa localizada no Bairro de Santa Maria e encontrou os assassinos que ainda estavam na área. No local, eles também encontraram os veículos usados ​​no ataque e também as armas.

Durante a investigação, os agentes descobriram que o imóvel estava no nome do professor Cecilio González, que alugou a propriedade para o PCC. A Polícia descobriu também que outras casas foram alugadas por González para o uso da organização criminosa e, por isso, foi emitido um mandado de prisão, mas o professor permaneceu fugitivo até a quarta-feira passada.

Diante dos promotores, o professor se absteve de fazer uma declaração, razão pela qual ele foi apresentado perante o juiz Gustavo Amarilla, que determinou sua prisão. O professor está sendo processado por crimes que têm uma expectativa de prisão que vai de cinco a 15 anos de detenção.