A delação premiada de Ivanildo da Cunha Miranda, pecuarista, empresário e apontado como operador maior fabricante de carnes para pagamento de propina, foi a motivação para realização da 5ª fase da Operação Lama Asfáltica, que culminou com as prisões do ex-governador André Puccinelli e do filho dele, André Puccinelli Júnior.
O Blog do Nélio já havia adiantado em junho que isso iria ocorrer.
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Desde as primeiras horas da manhã desta terça-feira (14), a Polícia Federal, a CGU (Controladoria-Geral da União) e Receita Federal cumprem mandados como parte da Operação Papiros de Lama, que envolve mais de 300 pessoas e investiga desvios estimados em R$ 235 milhões.
Além do ex-governador e do filho dele, há outros seis mandados de condução coercitiva, 24 mandados de busca e apreensão, além do sequestro de valores nas contas bancárias de pessoas físicas e empresas investigadas. O nome Ivanildo Miranda aparece na delação da JBS – divulgada em maio deste ano – e em 17 páginas de documentos anexados no registro das denúncias feitas à PGR (Procuradoria Geral da República) na Operação Lava Jato.
Naquela colaboração, delatores afirmam que Ivanildo trabalhou como “gerenciador” do esquema por sete anos – entre 2007 e 2014 –, período em que teria movimentado aos menos R$ 105 milhões. Em um dos trechos da delação de Wesley Batista, um dos donos da JBS, afirma que André Puccinelli e Ivanildo se desentenderam no fim da gestão do ex-governador. “Foi o Ivanildo por sete anos. No finalzinho do governo eu acho que eles se desentenderam, eu acho… ele [Puccinelli] tirou o Ivanildo do contato e pôs esse André Luiz Cance de contato com a pessoa nossa”, contou na ocasião.