Tal pai, tal filho! Antes de matar no trânsito estudante teria ajuda do papai para escapar em outro acidente

O “modus operandi” do estudante de medicina João Pedro da Silva Miranda Jorge, que só este ano se envolver em dois acidentes de trânsitos e ambos demonstrava suspeita de embriaguez é mesmo insuportável.

Por sorte, na primeira batida no começo do ano, o resultado não foi fatal. O que não ocorreu esse mês.

O que intriga e revolta é o fato do pai dele ter ajudado a limpar a sujeira do filho na primeira vez. Ação covarde que agora está sendo materializada pela polícia.

Esperamos que realmente sejam punidos com a letra da lei.

OS FATOS

Filho de um alto executivo da Sanesul, o motorista João Pedro da Silva Miranda Jorge, que se envolveu no acidente que terminou com a morte da bacharel em Direito Carolina Albuquerque Machado, 24 anos, virou alvo, juntamente com o pai, de uma nova investigação: um acidente de trânsito que aconteceu em janeiro deste ano, no cruzamento entre as avenidas Euler de Azevedo e Tamandaré, também em Campo Grande.

Na ocasião, o condutor de uma caminhonete Nissan Frontier, que seguia na Tamandaré sentido centro/bairro, invadiu o trevo de acesso a rotatória que liga as duas avenidas e atingiu um Fiat Uno, que esperava na Euler de Azevedo. Depois da colisão, o suspeito de causar a colisão fugiu, mas as vítimas conseguiram anotar a placa.

Pelo menos cinco pessoas estavam no veículo de passeio e a Polícia Militar de Trânsito atendeu o caso, que foi registrado na 7ª Delegacia de Polícia Civil como um Termo Circunstanciado de Ocorrência por evasão do local de acidente. “Pela placa, localizamos o proprietário do veículo, o pai do João Pedro, e ele compareceu a delegacia, assumiu que ele dirigia a caminhonete e contou sua versão”, contou a delegada responsável pela investigação, Christiane Grossi, ao site Campo Grande News.

Após as investigações da morte da advogada, durante um acidente causado por João Pedro, o delegado Geraldo Marim, da 3ª Delegacia de Polícia Civil, entrou em contato com a colega e relatou que testemunhas envolvidas no primeiro acidente reconheceram o acadêmico de Medicina como o motorista daquele dia. “Diante dessa novo notícia vamos abrir um inquérito para investigar o caso e se comprovado o pai do suspeito vai responder por fraude processual e João Pedro por evasão do local de trânsito”, disse.

Conforme Grossi, apesar da caminhonete envolvidas nos dois acidentes ser o mesmo modelo, são de anos diferentes. Segundo a delegada, as equipes agora tentam localizar a motorista do Fiat Uno, socorristas que atenderam às vítimas e os outros passageiros do carro para identificar quem conduzia a caminhonete no dia do acidente. “Recebemos informações que uma das vítimas possuem imagens, mas ainda não recebemos a gravação”, pontuou.

João Pedro, que teve a prisão preventiva decretada pela Justiça na sexta-feira (3), se apresentou à Polícia Civil na tarde de sábado (4). O rapaz passou o fim de semana em uma das celas da Depac (Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário) Centro, mas foi liberado após pagar fiança no valor de R$ 50.598,00.