O advogado Amado Ramon Salinas, 49 anos, suposto “sócio” do líder do PCC (Primeiro Comando da Capital) no Paraguai, o brasileiro Elton Leonel Rumich da Silva, 33 anos, mais conhecido como “Galán”, foi capturado ontem (4) em Pedro Juan Caballero, na fronteira com o Brasil, em uma operação da Secretaria Nacional Antidrogas (Senad) e da Unidade de Investigação da Polícia do Paraguai.
Foragido da Justiça, “Galán” é apontado pela Polícia como o chefão da facção criminosa brasileira PCC no Paraguai e também como o principal responsável pelo assassinato do narcotraficante Jorge Rafaat Toumani na guerra pelo poder da região de fronteira entre o Paraguai e o Brasil. A Polícia também suspeita que “Galán” seria parceiro do também traficante brasileiro Jarvis Chimenes Pavão, que está preso em Assunção, capital do Paraguai.
Segundo a Polícia, o advogado Salinas tinha um mandado de prisão emitido pelo procurador Zully Figueredo, pois seria um dos parceiros comerciais de “Galán” em uma “empresa de malas”, onde seria sócio. Especificamente, o advogado agora detido aparece nas empresas “Notle SA” e “RSS International SA”, que, segundo a Senad, são fachadas para fazer grandes movimentos de dinheiro e compra de bens para acelerar a lavagem de capitais de origens ilícitas provenientes de tráfico de drogas e tráfico de armas.
“Galán” opera com três identidades diferentes, mas, surpreendentemente, ninguém procura por ele como deveria. Com o nome de Elton Leonel Rumich da Silva, ele tem um mandado de prisão por lavagem de dinheiro, no mesmo caso do advogado Amado Ramon Salinas.
Outro dos seus nomes fictícios é Oliver Giovanni da Silva, com o qual ele foi preso em Pedro Juan Caballero no dia 24 de março de 2011 em uma operação da Senad, que teria resultado também na apreensão de armas, munições e drogas. No entanto, apesar de tudo, “Galá” foi libertado com uma ordem do Ministério Público.
Ele também tem um nome paraguaio, Ronaldo Rodrigo Benites, com o qual foi preso em Pedro Juan Caballero no dia 18 de novembro de 2014. Porém, mais uma vez, ele foi novamente colocado em liberdade pela Justiça do Paraguai.