O ex-procurador jurídico da Câmara de Vereadores, André Scaff, que está proibido pela Justiça de entrar na Casa de Leis em razão de denúncia por lavagem de dinheiro, continua forte dentro da Sefin (Secretaria Municipal de Finanças e Planejamento), pasta que ocupou na gestão do ex-prefeito Gilmar Olarte. Apesar de a Secretaria ter como titular o economista Pedro Pedrossian Neto, denúncia encaminhada ao Blog do Nélio garante que o “dono” da Secretaria seria, na verdade, é o advogado e técnico em contabilidade Gilberto Cavalcante, súdito de Scaff.
Para quem não conhece, esse senhor é o braço direito de André Scaff e já ocupou os cargos de Fiscal de Rendas, Secretário-Adjunto de Fazenda e Auditor-Geral do Estado. Além disso, ele tem trânsito livre no Paço Municipal desde os tempos do então prefeito André Puccinelli, lá pelos anos de 1998 e, desde então, sempre conseguiu uma boquinha na administração municipal, independentemente de quem seja o chefe do Executivo.
Estranhamente, Gilberto Cavalcante está na Sefin, mesma pasta comandada por André Scaff na gestão do ex-prefeito Gilmar Olarte e que acabou por motivar a sua prisão no ano passado, juntamente com a esposa Karine Ribeiro Mauro Scaff, suspeito de receber propina no valor de R$ 3 milhões para aditar e renovar contratos de empresas prestadoras de serviços com a Prefeitura da Capital.
Segundo a denúncia encaminhada ao Blog do Nélio, esse lacaio de André Scaff ocupa cargo altíssimo e, o que é pior, dando as ordens, passando até mesmo por cima do prefeito Marquito Trad e do titular da Secretaria, Pedro Pedrossian Neto, que, na pasta, só serve mesmo de enfeite e para receber o gordo salário de secretário. Na atual administração, Gilberto Cavalcante começou integrando a equipe de transição de Marquito Trad e, quando o novo prefeito assumiu, tratou de conseguir um bom cargo, na pasta que outrora era ocupada por Scaff, seu amado guru e verdadeiro chefe.
Na verdade, quem manda prender e soltar na Sefin é esse senhor Gilberto Cavalcante, que nem deveria estar na Secretaria, pois possui apenas o contrato de consultor para assuntos de impugnação nas transferências de ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços). Por sinal, o contrato dele é o 49-A/2016 e venceu no dia 29 de julho, mas já estão providenciando a celebração de outro para que ele continue recebendo a remuneração média de R$ 25 mil por mês.
A presença dele na Sefin, de acordo com a denúncia, seria defender os comissionados indicado por André Scaff, bem como os interesses do patrão. E agora senhor prefeito, até quando essa situação vai continuar?