Abril de 2016.
As gravações telefônicas autorizadas pela Justiça, mostram conversas entre uma cafetina de nome Rosedélia Alves Soares, a Rose, acusada de aliciar as menores para a exploração sexual, e o empresário José Carlos Lopes, conhecido como Zeca Lopes, dono de um Frigorífico em Terenos, negociando encontros com adolescentes.
O empresário foi acusado de quatro crimes de estupro de vulnerável. De acordo com a denúncia, Zeca Lopes cometeu o crime de estupro de vulnerável contra duas meninas, de 11 e 13 anos, repetidas vezes. Sexo com menores de 14 anos é considerado estupro mesmo que haja o consentimento da adolescente.
Ele foi indiciado no esquema de escândalo sexual em 2015.
O empresário chegou a dizer que não saia com mulher casada. relembre a matéria no link abaixo.
Depois das denuncias o TJMS chegou a suspender o andamento do processo. Em seguida a medida foi suspensa e de lá para cá nenhuma resposta até agora para a sociedade.
Agora o empresário Zeca Lopes é um dos alvos da 2ª fase da Operação Labirinto de Creta, que tentadesarticular organização criminosa na sonegação de impostos.
Lopes, de acordo com as investigações do escândalo sexual, era cliente de cafetinas que atraiam menores à prática da prostituição. Num dos casos, ele teria acertado ir até um motel de Campo Grande, onde se encontraria com uma adolescente. Lá, a vítima, uma menina de dez anos de idade, segundo depoimento dela mesma, teria tirado a roupa por ordem do empresário, pelo valor de R$ 400.
O denunciado nega que tenha tocado na menina, o que para o STJ (Superior Tribunal de Justiça), é ‘irrelevante’, já que Corte considerou dispensável o contato físico para caracterizar crime de estupro de vulnerável.
Já a ação da PF deflagrada nesta sexta-feira (28), visa combater organizações criminosas que utilizam essas empresas para a sonegação de altos valores, para não efetuarem o pagamento de obrigações previdenciárias e que ainda burlar direitos trabalhistas dos empregados.
Nessa fase da operação, são investigadas empresas do setor frigorífico, “mais especificamente um grupo econômico que apresenta faturamentos elevados, porém com ausência ou inexatidões nas escriturações contábeis”.
Segundo a PF, os bens adquiridos, frutos da sonegação fiscal, restavam “blindados” pelos reais proprietários, que utilizavam ‘laranjas’ ou de empresas criadas para este fim.
O esquema teria, segundo a PF, sido responsável por uma fraude ao Fisco Federal que pode chegar a R$ 350 milhões.