Realmente a batalha por melhores salários vai muito além da mesa de negociação, ainda mais em tempos bicudos.
Os policiais civis de MS estão enfrentando essa maratona de forma séria sem esquecer o bom humor que pode ser uma arma contundente.
Na última sexta-feira vários deles se reuniram para cantar parabéns pelo primeiro mês de aniversário do acampamento em frente à governadoria.
O grupo protesta contra o não cumprimento dos compromissos firmados com a categoria desde 2014 e ratificado pelos secretários Carlos Alberto Assis e Eduardo Riedel em 2016.
O documento assinado prometia a reestruturação da carreira e o reposicionamento salarial entre os seis melhores do País com base no salário inicial da carreira. “Nossa manifestação é legítima e tem o apoio da sociedade. Esses 30 dias que estamos aqui serviu para nos unir ainda mais na luta pela valorização da carreira”, declarou o presidente do Sinpol-MS, Giancarlo Miranda.
Dá para ver outra forma de protesto numa caixa de secar carne com as letras JBS, remetendo as denúncias de um dos donos do maior conglomerado de processamento bovino do País, Joesley Batista, que em delação premiada, acusou o Governo de MS de emitir notas frias. O processo ainda está em fase de investigação.
Os policiais civis farão uma assembleia geral na próxima segunda-feira (10), às 16h em frente à governadoria, para decidir se aceitam a proposta de reajuste salarial linear de 2,94%. “Se a classe decidir continuar o protesto, estamos preparados para ficar aqui até dezembro de 2018”, concluiu Giancarlo.