Mais um capítulo de um crime cheio de “coisas” tortas que envolveram um empresário e seu algoz, um Policial Rodoviário Federal.
Acabou em morte, só isso? Só isso nada.
O caso chama a atenção por uma série de acontecimentos, no mínimo suspeitos a serem averiguados pela Justiça.
É justamente isso que o magistrado da 1ª Vara do Tribunal do Júri Carlos Alberto Garcete quer saber e determinou a quebra de sigilo de dados telefônicos de uma das peritas criminais que trabalharam no caso.
Karina Rébulla Laitart terá seus textos referentes ao o aplicativo whatsApp. Foi expedido mandado de busca e apreensão do aparelho e do chip.
Ela teria feito a perícia na caminhonete do comerciante Adriano Correia do Nascimento, morto após uma suposta briga de trânsito em Campo Grande no dia 31 de dezembro de 2016. A perita relatou o aparecimento de flambadores de sushi – com formato que lembra revólver – no veículo apreendido mesmo após duas perícias.
Karina disse em audiência que havia em seu celular conversas com outro perito que teria demonstrado interesse em alterar o resultado do laudo pericial e teria dito que possuía amizades com advogados do policial rodoviário federal Ricardo Moon.
Karina relatou em juízo que no dia 4 de janeiro deste ano, quando finalizava os relatórios, teve uma de suas conclusões sobre a trajetória de disparos questionada por Sávio.
Na versão dela, por conta disso, a servidora, o colega e um agente de polícia científica voltaram ao veículo e, ao abrirem a porta, encontraram os maçaricos no assoalho dianteiro em frente ao banco do passageiro. Na mesma audiência, realizada em 11 de abril, Sávio lamentou ser visto como suspeito.
O juiz negou a liberação da caminhonete Toyota Hillux para a família do comerciante. Conforme o magistrado, ainda perduram dúvidas sobre a dinâmica, sequência dos disparos e de como os projéteis alvejaram o veículo.