O ex e atual homem forte do governo Reinaldo Azambuja, que apesar de não ocupar cargo formalmente mas continua mandando do mesmo jeito, Sergio de Paula aparece agora em mais uma denúncia que o o Ministério Público está encarregado de investigar.
Um procedimento foi aberto para buscar provas de que o secretário da Casa Civil, quando esquentava a cadeira na sala ao lado do governador teria utilizado um avião a serviço do governo do Estado para desfrutar juntamente com sua família.
Ele teria voado da Capital para a cidade de Andradina, no interior de São Paulo, onde foi realizado o velório do pai no dia 14 de junho de 2016 e em outra viagem teria retornado para a missa de sétimo dia no dia 22 do mesmo mês.
.O edital que registra a instauração do procedimento foi publicado nesta quarta-feira no Diário Oficial do Ministério Público. O promotor Humberto Lapa Ferri, da 31ª Promotoria de Justiça do Patrimônio Público e Social de Campo Grande, apura o caso.
A denúncia foi anônima.
Lapa Ferri destaca que junto com a denúncia anônima foram encaminhadas cópias de alguns documentos, que acabaram fundamentando a abertura do procedimento preparatório, como, por exemplo, o registro das pessoas que estavam a bordo dos dois voos em junho do ano passado.
No dia 14, de Paula teria viajado com a esposa e três filhos e no dia 22, além destes, com mais uma passageira, sua nora.
Na investigação da denúncia, o promotor conta que requereu documentos a Coordenadoria Geral de Policiamento Aéreo (CGPA), do governo do estado, e também a Casa Militar. Os órgãos têm o prazo de dez dias uteis, contados a partir da notificação, para atenderem a demanda do MP.
Após o recebimento destas informações, Lapa Ferri adianta que deverá ser feita a oitiva do ex-secretário. Se as investigações apontarem que ocorreu ato de improbidade deverá ser apresentada uma ação contra de Paula, para cobrar, entre outras penalidades, o ressarcimento dos gastos com uso do bem público.
Todo o processo está sendo acompanhado de perto pelo procurador geral do MP, Paulo Passos.
A casa começou a cair no fim do mês passado quando o MP instaurou outro procedimento preparatório contra de Paula que foi acusado por dois empresários em uma reportagem exibida pelo Fantástico de cobrar propina para manter indústrias em atividade, o governador Reinaldo Azambuja também foi argolado na história e os dois negaram tudo. Com infos do jornalista Anderson Viegas (G1/MS)