Arrocho total! Flex Park quer 90% de reajuste na tarifa

Como o Blog do Nélio já tinha adiantado na última segunda-feira (19), a empresa Flex Park, que “explora” o serviço de estacionamento nas vias públicas de Campo Grande, está mobilizada para “arrochar” ainda mais os motoristas, pois percebeu que apenas distribuir notificações nos para-brisas dos veículos estacionados sem crédito, ameaçando inclusive com multas – uma prática totalmente ilegal, pois não se pode transformar notificação em multa, somente o agente de trânsito pode multar -, não está adiantando muito.

Agora, a Flex Park pediu reajuste junto à Prefeitura – leia-se Marquito Trad – do preço pago pela hora do estacionamento nas vias públicas do centro da cidade, saltando dos atuais R$ 2,00 para R$ 3,80, ou seja, um aumento de 90% no valor cobrado. O pedido, que já está sob análise da Agereg (Agência Municipal de Regulação de Serviços Públicos), usa como base o IGPM (Índice Geral de Preços do Mercado).

 Isso porque, segundo a gerência da empresa, o contrato de concessão feito em 2002 prevê o reajuste anual da tarifa, no entanto, ele não foi feito todos os anos, por isso a concessionária pede que o cálculo seja feito desde o ano de assinatura contratual.

Com 2.096 vagas sob o seu controle, a FlexPark quer cobrar R$ 3,80 a hora pelo serviço, que passa a contar com um aplicativo que permitirá visualizar o histórico de utilização do sistema e verificar créditos.

O reajuste, conforme foi apurado pelo Blog do Nélio, atende a nova política da empresa, que é administrada por Thiago Domingues Nogueira, sócio-proprietário da Flex Park em Campo Grande e casado com Denise Bigolin, isto é, a Família Bigolin está por trás de mais essa empresa (leia mais sobre as empresas do Grupo Bigolin abaixo).

Segundo funcionários da Flex Park ouvidos pelo Blog do Nélio, Thiago Nogueira, que é mais conhecido como “Thiago Bigolin”, deu ordens expressas para que os funcionários “arrochem” mesmo os usuários do serviço. Portanto, além do valor aumentado, os funcionários da empresa vão redobrar a vigilância sobre os motoristas para elevar as receitas do patrão.

Investigação

Só para quem não sabe, Denise é filha de Roberto Bigolin, que ocupa o cargo de 2° vice-presidente da ACICG (Associação Comercial e Industrial de Campo Grande) e cujo o genro, Thiago Domingues Nogueira, é 2º Diretor de Pesquisa e Capacitação da ACICG.

Além disso, Roberto Bigolin é investigado pela Polícia Federal, pois, na época do governo de André Puccinelli o Estado construiu 50 mil casas e todas as empresas que participavam das licitações teriam ficado com a obrigação de comprar materiais de construção da Bigolin, as notas empenhadas eram superfaturadas ou tinham duplicidades e essas propinas escoavas em formas de doações para as campanhas do PMDB entre os anos de 2006, 2008, 2010 e 2012, totalizando quase R$ 3 milhões.

 Conforme as investigações da Polícia Federal, os maiores contemplados com as doações foram o ex-governador André Puccinelli (R$ 507 mil), o ex-secretário Edson Giroto (R$ 500 mil), o deputado federal Carlos Marun (R$ 307 mil), o senador Waldemir Moka (R$ 200 mil) e o deputado federal Mandetta (R$ 200 mil).

Atualmente, após entrar com recuperação judicial no início de 2016 no valor de R$ 70 milhões, o Grupo Bigolin agora passa por investigações de sonegação fiscal e evasão de divisa usa empresas de fachadas para lavar dinheiro de propinas de agentes políticos e públicos, de acordo com a PF.

No atual momento, além de dívida com fornecedores e investigação da Polícia Federal, hoje existe novas denúncias de prestadores de serviços que afirmam que não receberam por serviços executados ao grupo dos proprietários Roberto Bigolin e Ionara Bigolin.

Essas novas denúncias apontam que os filhos seriam usados como “laranjas” para abertura de Offshore e Holding em Paraísos Fiscais para lavagem de dinheiro. Segundo investigações, Bigolin é investigado no processo 0013334-70.2013.4.03.6000 comandado pelo procurador da República Silvio Amorim em que investiga seu contador Avelino Alves e ele em um esquema de evasão de divisas e lavagem de dinheiro.

O contador do Grupo Bigolin é Avelino Alves, pai de Valdir Custódio, subsecretário de Proteção e Defesa do Consumidor da administração Marquito Trad. Custódio também defende o seu pai nesta causa juntamente com outra assessora especial da gestão Trad, Luciana Abou Ghattas, antes da gestão Trad, ambos eram sócios do advogado Fabio Trad em um escritório de advocacia.

Roberto Bigolin tem ainda a Ângulo Construções, empresa que está no nome dos filhos Denise e Roberto Bigolin Filho, e seria proprietário também da D&D, que está no nome de Ionara Bigolin.