A preocupação do prefeito Marquito Trad com a educação pública em Campo Grande continua como sempre, ou seja, nenhuma. Se na zona urbana as escolas e creches já enfrentam falta de merenda e até de uniformes, imagina na zona rural do município.
O Blog do Nélio, que infelizmente tem sido a única voz da população na mídia eletrônica de Campo Grande, recebeu mais uma denúncia de descaso do atual prefeito e da sua Secretaria Municipal de Educação (Semed).
De acordo com pais e até servidores, a Escola Municipal Leovegildo de Melo, localizada na BR-262, na saída para Três Lagoas, próxima aos assentamentos Estrela Campo Grande e Estrela Jaraguari, está em completo e total abandono.
A Semed, que na gestão passada prometia recuperação da estrutura física da escola, na atual administração do prefeito Marquito Trad nem promessa faz e os alunos e servidores que frequentam o local diariamente são obrigados a se virarem como podem.
Sem nenhuma preocupação com o bem estar dos alunos e muito menos dos profissionais que lá trabalham, a Escola Municipal Leovegildo de Melo funciona de forma precária, pois não há divisórias nas salas de aula e nem varanda de acesso de um bloco para o outro.
Os alunos, que viajam horas para chegar até a escola, são recepcionados com três ou quatro bolachinhas de água e sal, enquanto o almoço servido é uma vergonha – falta de tudo um pouco para uma boa alimentação. Muitas vezes, as crianças compram alguns salgados para matarem a fome porque o almoço servido é sempre o mesmo, ou seja, arroz e feijão com cheiro de frango, que sai direto do freezer para a panela, sem ser passado em uma água quente para tirar o cheiro de sangue.
A escola não tem espaço nem para servir a alimentação dos alunos, sem quadra e sem paredes que dividem as salas de aula. A limpeza é precária, mato tomando conta, sem contar com o perigo de animais peçonhentos, como cobras e escorpiões. A Semed continua fechando os olhos e nada faz em prol da melhoria da escola.
Além disso, na escola há outro tipo de nepotismo, não os parentes da diretora, mas os parentes de professores são empregados no local, pela força da amizade. A professora de Matemática, por exemplo, a senhora Regina, levou para o estabelecimento de ensino seu cunhado e até seu sobrinho para serem professores com o aval da direção.
Até quando senhor prefeito isso vai continuar? Cadê o MPE (Ministério Público Estadual) tão preocupado com a situação das escolas e creches da zona urbana do município e que fecha os olhos para a zona rural?