O duplo assassinato das irmãs Adriana e Fabiana Aguayo, de 23 e 28 anos de idade, respectivamente, cujos os corpos foram encontrados ainda fumegantes na manhã de ontem (08) dentro de uma caminhonete na periferia de Pedro Juan Caballero, na fronteira do Paraguai com o Brasil, seria um acerto de contas da organização criminosa brasileira Primeiro Comando da Capital (PCC).
As duas mulheres tinham fortes ligações com membros do PCC e foram sequestradas e decapitadas como parte de um ajuste de contas encomendados pela organização criminosa. Dois homens mascarados armados sequestraram as duas irmãs Aguayo na tarde da última quarta-feira (07) na residência delas no bairro de classe trabalhadora de Pedro Juan Caballero.
Os desconhecidos utilizaram uma Ford Ranger para perpetrar o sequestro. Após a denúncia do fato, os pesquisadores descobriram que Fabiana era a esposa de um traficante de drogas brasileiro identificado como Juliano Pereira, atualmente encarcerado em uma prisão em Campo Grande (MS).
A primeira hipótese tratada por uniformizado era que Pereira ordenou o sequestro de duas mulheres, uma vez que supostamente há 15 dias, Fabiana visitou o homem para dizer que ela iria pedir o divórcio. Além disso, também foi apreendida na casa das vítimas uma quantidade significativa de maconha, bem como na caminhonete Toyota Hilux de propriedade de uma das vítimas.
O crime
Pouco depois de 01h00 de ontem, os policiais foram alertados de que estranhos estavam queimando uma van branca no Bairro Perpetuo Socorro, em Pedro Juan Caballero. Quando os agentes chegaram ao local, encontraram a mesma Ford Ranger utilizada no sequestro em chamas e dois corpos sem cabeça sendo queimados, além de uma moto-serra, um machado e um facão.
Pouco tempo depois se confirmou que os corpos eram realmente das mulheres e a cerca de 400 metros do local os policiais encontraram as cabeças das duas irmãs envoltas em saco de borracha preta. Na manhã de ontem, os policiais receberam informações de que as vítimas estavam intimamente ligadas com os membros do PCC que operam no Departamento de Amambay, sendo que supostamente eles frequentavam a casa onde oito membros da organização criminosa foram capturados na terça-feira (06), em Pedro Juan Caballero.
Somado a isso, aparentemente, Adriana, que tinha propriedade em Ponta Porã (MS), tinha um relacionamento romântico com um agente da Polícia Civil e que isso levou várias operações que resultaram na apreensão de remessas significativas de maconha no Brasil, de modo o duplo assassinato teria sido um acerto de contas para vigar a traição.