Na gestão de Reinaldo Azambuja, Wesley diz que Reinaldo é o próprio operador e que teria recebido o delator na Governadoria para dar notas frias em troca de isenção de ICMS as empresas do JBS. “Mesma coisa. Eram incentivos fiscais para redução de ICMS. Vários incentivos eram legítimos, mas alguns dos termos não foram cumpridos para simplesmente reduzir os pagamentos e, em que pé que os investimentos eram legítimos, tinha que conseguir o termo de acordo e tinha que pagar, senão não conseguia”.
Wesley detalha uma nota de R$ 2,9 milhões da empresa Buriti e outros R$ 10 milhões em espécie. “O pagamento em espécie de R$ 10 milhões foi tratado diretamente comigo. O Boni foi ao palácio do governo lá em Campo Grande e pegou em mãos as notas frias e processou o pagamento”, diz.
Um fato que se for verdade deixa a população de MS de boca aberta é um propenso acordo entre Reinaldo e Delcídio intermediado pela JBS, quem ganha a corrida pelo Governo do Estado pagaria a conto do adversário. Reinaldo teria assumido o compromisso de pagar R$ 12 milhões que foram investidos na campanha de Delcídio do Amaral em 2016. O petista não declarou o recebimento da fortuna à Justiça Eleitoral. Ele tinha assumido o compromisso de pagar à JBS caso fosse eleito governador.
O Governo do Estado diz que vai publicar uma nota explicando o assunto ainda hoje.